Economia

Folha de pagamento real da indústria cai 2,5% em maio

A queda foi a mais intensa desde dezembro de 2010, quando caiu 3,0%

Notas: o resultado foi puxado pela diminuição de 2 5% verificada na indústria de transformação, já que o setor extrativo teve um avanço de 1,9% (Stock Exchange)

Notas: o resultado foi puxado pela diminuição de 2 5% verificada na indústria de transformação, já que o setor extrativo teve um avanço de 1,9% (Stock Exchange)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de julho de 2012 às 10h14.

São Paulo - O valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria, ajustado sazonalmente, registrou redução de 2,5% na passagem de abril para maio, a terceira taxa negativa consecutiva, acumulando perda de 3,5% no período. A queda foi a mais intensa desde dezembro de 2010, quando ficou em -3,0%, informou nesta terça-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado foi puxado pela diminuição de 2 5% verificada na indústria de transformação, já que o setor extrativo teve um avanço de 1,9%.

Na comparação com maio de 2011, o valor da folha de pagamento real cresceu 1,1% em maio deste ano, o 29.º resultado positivo consecutivo nesse tipo de comparação. Houve aumentos em 12 dos 14 locais investigados, com as maiores influências vindas do Paraná (8,4%) e da Região Nordeste (6,2%). Entretanto, o principal parque industrial do País, São Paulo, mostrou o único resultado negativo em maio: -4,1%.

Entre as atividades, a folha de pagamento real cresceu em 13 dos 18 setores investigados, com destaque para máquinas e equipamentos (9,2%), indústrias extrativas (11,9%), alimentos e bebidas (3,6%), produtos químicos (5,6%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (2,5%), minerais não metálicos (3,6%) e borracha e plástico (3,1%). Na direção oposta o setor de meios de transporte (-10,9%) exerceu o maior impacto negativo sobre o total da indústria.

No acumulado em 2012, a folha de pagamento teve um avanço de 3 8%, com taxas positivas em 13 dos 14 locais investigados. Os destaques foram Minas Gerais (8,3%) e Paraná (10,8%). O resultado de Minas foi sustentado pelos setores extrativos (23 6%), de meios de transporte (5,6%), alimentos e bebidas (6,6%), minerais não metálicos (14,4%) e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (11,5%). No Paraná, houve ganho em alimentos e bebidas (15,1%), meios de transporte (15 7%) e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (38,2%).

São Paulo (-0,2%) também assinalou o único resultado negativo no acumulado no ano, influenciado pelos setores de meios de transporte (-2,9%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-6,7%) e produtos de metal (-7,2%).

Entre os setores, o valor da folha de pagamento real avançou em 12 das 18 atividades pesquisadas no ano, impulsionado por alimentos e bebidas (8,3%), indústrias extrativas (15,3%), máquinas e equipamentos (7,8%), meios de transporte (1,8%) e minerais não metálicos (5,1%). Na direção contrária, tiveram quedas acentuadas as atividades de calçados e couro (-3,3%), vestuário (-2,6%) e madeira (-5,1%).

Em 12 meses, a folha de pagamento aumentou 3,5% até maio.

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