Economia

Focus: alta do PIB de 2018 permanece em 1,55%

Para 2019, o mercado reduziu a previsão de alta do PIB de 2,60% para 2,50% ante 3,00% de quatro semanas atrás

Expectativa de alta para o Produto Interno Bruto este ano seguiu em 1,55%, conforme o Relatório de Mercado Focus (Reinaldo Canato/VEJA)

Expectativa de alta para o Produto Interno Bruto este ano seguiu em 1,55%, conforme o Relatório de Mercado Focus (Reinaldo Canato/VEJA)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 2 de julho de 2018 às 10h21.

Brasília - A expectativa de alta para o Produto Interno Bruto (PIB) este ano seguiu em 1,55%, conforme o Relatório de Mercado Focus divulgado na manhã desta segunda-feira, 2, pelo Banco Central (BC). Há quatro semanas, a estimativa era de crescimento de 2,18%. Para 2019, o mercado reduziu a previsão de alta do PIB de 2,60% para 2,50% ante 3,00% de quatro semanas atrás.

Na semana passada, o BC reduziu sua projeção para o PIB em 2018, de 2,6% para 1,6%. A instituição atribuiu a mudança na estimativa à frustração com a economia no início do ano. O Ministério da Fazenda mantém a projeção de 2,5% - porcentual que parece cada vez mais improvável, em função dos números recentes de atividade.

No relatório Focus agora divulgado, a projeção para a produção industrial de 2018 passou de alta de 3,50% para avanço de 3,17%. Há um mês, estava em 3,80%. No caso de 2019, a estimativa de crescimento da produção industrial foi de 3,20% para 3,10%, ante 3,50% verificados quatro semanas antes.

A pesquisa mostrou ainda que a projeção para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para 2018 seguiu em 55,00%. Há um mês, estava no mesmo patamar. Para 2019, a expectativa permaneceu em 58,00%, ante 57,00% de um mês atrás.

O Focus trouxe ainda manutenção na projeção para a área fiscal em 2018. A relação entre o déficit primário e o Produto Interno Bruto este ano seguiu em 2,10%. No caso de 2019, permaneceu em 1,50%. Há um mês, os porcentuais estavam em 1,90% e 1,39%, respectivamente.

Já a relação entre déficit nominal e PIB em 2018 seguiu em 7,20%, conforme as projeções dos economistas do mercado financeiro. Para 2019, permaneceu em 6,80%. Há quatro semanas, estas relações estavam em 7,18% e 6,70%.

O resultado primário reflete o saldo entre receitas e despesas do governo, antes do pagamento dos juros da dívida pública. Já o resultado nominal reflete o saldo já após as despesas com juros.

A partir de hoje, as projeções do mercado para o déficit primário e o déficit nominal passam a ser publicadas no Focus.

Balança comercial

Os economistas do mercado financeiro alteraram a projeção para a balança comercial em 2018 na pesquisa Focus. A estimativa de superávit comercial passou de US$ 57,31 bilhões para US$ 58,28 bilhões. Um mês atrás, a previsão estava em US$ 57,00 bilhões. Para 2019, a estimativa de superávit seguiu em US$ 49,70 bilhões, ante US$ 49,30 bilhões de um mês antes.

Na estimativa mais recente do BC, atualizada no Relatório Trimestral de Inflação (RTI), o saldo positivo de 2018 ficará em US$ 61,0 bilhões.

No caso da conta corrente, as previsões contidas no Focus para 2018 seguiram indicando déficit de US$ 20,00 bilhões ante US$ 23,50 bilhões de quatro semanas antes. Para 2019, a projeção de rombo foi de US$ 36,00 bilhões para US$ 35,95 bilhões. Um mês atrás, o rombo projetado para o próximo ano era de US$ 38,58 bilhões.

Para os analistas consultados semanalmente pelo BC, o ingresso de Investimento Direto no País (IDP) será mais do que suficiente para cobrir o resultado deficitário, tanto em 2018 quanto em 2019. A mediana das previsões para o IDP em 2018 passou de US$ 70,50 bilhões para US$ 70,00 bilhões ante US$ 75,00 bilhões de um mês atrás. Para 2019, a expectativa foi de US$ 78,30 bilhões para US$ 76,60 bilhões, ante US$ 80,00 bilhões de um mês antes.

O BC projeta déficit de US$ 11,5 bilhões em transações correntes em 2018 e IDP de US$ 70,0 bilhões.

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