Economia

FMI vai reduzir previsão para crescimento global em 2012

Presidente diz que o fundo estuda reduzir a previsão de crescimento global em 2012 para menos dos 4%

Crise da Europa continua ameaçando economias distantes como a da África do Sul e seus vizinhos menos desenvolvidos do continente africano, segundo Lagarde (Philippe Lopez/AFP)

Crise da Europa continua ameaçando economias distantes como a da África do Sul e seus vizinhos menos desenvolvidos do continente africano, segundo Lagarde (Philippe Lopez/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 6 de janeiro de 2012 às 09h31.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) vai reduzir sua previsão para o crescimento global em 2012 no fim deste mês em razão da crise europeia, que continua ameaçando economias distantes como a da África do Sul e seus vizinhos menos desenvolvidos do continente africano, afirmou a diretora-gerente do fundo, Christine Lagarde, na capital sul-africana.

A África do Sul e outras nações africanas "vão claramente sofrer revezes se a crise europeia não for solucionada rapidamente", disse Lagarde, acrescentando que o FMI estuda reduzir a previsão de crescimento global em 2012 para menos dos 4% estimados no relatório econômico mundial do fundo divulgado em setembro.

O ministro de Finanças da África do Sul, Pravin Gordhan, que se reuniu com Lagarde durante a visita de três dias da diretora-gerente do FMI ao país, também expressou preocupações com a possibilidade de a crise europeia continuar pesando sobre a economia sul-africana neste ano. "Nós gostaríamos de ver uma solução rápida e medidas mais decisivas sendo tomadas na Europa" declarou.

A União Europeia é o maior parceiro comercial da África do Sul e a queda da demanda europeia pelos minerais e bens manufaturados do país levou Gordhan e outras autoridades sul-africanas a reorientarem os padrões comerciais do país em direção a países da Ásia, como China e Índia, e para economias africanas com rápido crescimento, como Nigéria.

Lagarde afirmou que buscar novos laços comerciais é quase sempre benéfico, mas não à custa das parceiras tradicionais. "O comércio aberto é suficientemente difícil, então eu não acho que seria inteligente fechar as vias que existem entre a África do Sul e a Europa", disse. As informações são da Dow Jones.

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaÁfrica do SulChristine LagardeCrescimento econômicoCrise econômicaCrises em empresasDesenvolvimento econômicoEconomistasEuropaFMIUnião Europeia

Mais de Economia

Lula se reúne hoje com Haddad para receber redação final do pacote de corte de gastos

Economia argentina cai 0,3% em setembro, quarto mês seguido de retração

Governo anuncia bloqueio orçamentário de R$ 6 bilhões para cumprir meta fiscal

Black Friday: é melhor comprar pessoalmente ou online?