Economia

FMI reduz previsão de crescimento de Brasil e América Latina

A redução foi motivada, em parte, pela previsão do Brasil, que o Fundo espera que cresça 3,5% neste ano, quatro décimos a menos que o que previa em outubro


	FMI: o órgão espera que o Brasil tenha fechado 2012 com um baixo crescimento de 1%, após terminar 2011 com alta de 2,7%.
 (AFP/ Saul Loeb)

FMI: o órgão espera que o Brasil tenha fechado 2012 com um baixo crescimento de 1%, após terminar 2011 com alta de 2,7%. (AFP/ Saul Loeb)

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Da Redação

Publicado em 23 de janeiro de 2013 às 14h45.

Washington - O Fundo Monetário Internacional (FMI) diminuiu em três décimos percentuais suas previsões de crescimento para a economia latino-americana em 2013, até 3,6%, informou o órgão nesta quarta-feira, na apresentação da atualização de seu relatório "Perspectivas da Economia Mundial".

A redução foi motivada, em parte, pela previsão do Brasil, que o Fundo espera que cresça 3,5% neste ano, quatro décimos a menos que o que previa em outubro.

No entanto, para a economia latino-americana, 2013 e 2014 serão anos de aumento em relação a 2012, quando a região cresceu 3%, abaixo dos 4,5% de 2011. O Fundo também acredita que a economia brasileira crescerá 4% em 2014, dois décimos abaixo do previsto em outubro.

Por outro lado, o FMI manteve sem modificações suas previsões para o México, que crescerá tanto em 2013 como em 2014 a um ritmo de anual de 3,5%.

O FMI indicou, em seu breve relatório e no qual só atualizou os dados para Brasil, México e a região em conjunto, que não espera que o crescimento os faça retornar aos elevados níveis de 2010 e 2011.


O órgão advertiu que "o enfraquecimento das economias avançadas afetará a demanda externa, assim como o comércio dos exportadores de matérias-primas", devido aos preços mais baixos em 2013.

"Além disso, o espaço para mais flexibilidade monetária diminuiu" e a incerteza pôs obstáculos ao crescimento em economias como a brasileira ou a indiana.

O Fundo considera que o Brasil deve enfrentar os problemas de inflação e baixa produtividade enquanto apoia as medidas macroeconômicas impostas para controlar os fluxos de capital exterior e fazer frente à volatilidade dos preços de matérias-primas.

O órgão espera que o Brasil tenha fechado 2012 com um baixo crescimento de 1%, após terminar 2011 com alta de 2,7%.

Para o México, 2013 e 2014 serão anos de leve moderação em relação a 2012, quando o país cresceu 3,8% segundo os dados do FMI, ligeiramente abaixo dos 3,9% de 2011. 

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