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FMI reduz em 3 décimos previsão de crescimento global

O Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu em três décimos, até 2,9%, sua previsão de crescimento da economia mundial para 2013

Mapa mundi visto dentro do símbolo do FMI: "crescimento global ainda é fraco e as dinâmicas de fundo estão mudando", advertiu o FMI (Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 8 de outubro de 2013 às 10h56.

Washington -O Fundo Monetário Internacional ( FMI ) reduziu nesta terça-feira em três décimos, até 2,9%, sua previsão de crescimento da economia mundial para 2013 e pediu "clareza" ao Federal Reserve ( Fed ) sobre a política monetária dos Estados Unidos.

"O crescimento global ainda é fraco e as dinâmicas de fundo estão mudando", advertiu o FMI em seu relatório semestral "Perspectivas econômicas globais".

Além disso, o organismo revisou o crescimento de 2014 para 3,6%, dois décimos a menos do que o antecipado em julho.

O relatório dá um enfoque especial à política monetária americana e destaca a convicção cada vez mais generalizada nos mercados de que o Fed se aproxima do momento em que irá cortar seus incentivos fiscais.

"Isso levou a um aumento inesperadamente elevado nos diferenciais a longo prazo nos Estados Unidos e muitas outras economias, apesar da recente decisão do Fed de manter as compras de ativos", afirmou o FMI.

O organismo alertou que essa mudança poderia trazer riscos para as economias emergentes, onde a atividade econômica está se desacelerando e a qualidade dos ativos financeiros piorando.

Segundo o FMI, as economias emergentes crescerão neste ano 4,5%, meio ponto a menos do que o antecipado em julho. Em 2014, o crescimento é de 5,1%, quatro décimos a menos do que o previsto.


Por isso a instituição considera "essencial" uma "implementação cuidadosa" e uma "comunicação clara" por parte da Fed.

Apesar dos mercados anteciparem um endurecimento das condições monetárias nos EUA, o FMI afirma que a autoridade monetária do país não subirá as taxas de juros de referência até 2016.

Além de isso, o organismo prevê que o impulso ao crescimento global virá fundamentalmente dos EUA, que deverá crescer 1,6% em 2013 e 2,6% em 2014, um e dois décimos a menos, respectivamente, do que o previsto em julho.

Apesar do renovado empurrão da econômica americana, o relatório divulgado hoje alerta que as projeções só se cumprirão se os gastos públicos da economia americana forem autorizados e o teto de sua dívida elevado.

O FMI também destacou o arrefecimento da economia chinesa, que atingirá "muitas outras economias", principalmente as exportadoras de matérias-primas nos países emergentes e em desenvolvimento.

Outros problemas para a economia global são a persistências de velhos problemas, como o fragmentado sistema financeiro da zona do euro e a dívida "preocupantemente elevada" de todas as economias avançadas.

*Matéria atualizada às 10h56

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Washington -O Fundo Monetário Internacional ( FMI ) reduziu nesta terça-feira em três décimos, até 2,9%, sua previsão de crescimento da economia mundial para 2013 e pediu "clareza" ao Federal Reserve ( Fed ) sobre a política monetária dos Estados Unidos.

"O crescimento global ainda é fraco e as dinâmicas de fundo estão mudando", advertiu o FMI em seu relatório semestral "Perspectivas econômicas globais".

Além disso, o organismo revisou o crescimento de 2014 para 3,6%, dois décimos a menos do que o antecipado em julho.

O relatório dá um enfoque especial à política monetária americana e destaca a convicção cada vez mais generalizada nos mercados de que o Fed se aproxima do momento em que irá cortar seus incentivos fiscais.

"Isso levou a um aumento inesperadamente elevado nos diferenciais a longo prazo nos Estados Unidos e muitas outras economias, apesar da recente decisão do Fed de manter as compras de ativos", afirmou o FMI.

O organismo alertou que essa mudança poderia trazer riscos para as economias emergentes, onde a atividade econômica está se desacelerando e a qualidade dos ativos financeiros piorando.

Segundo o FMI, as economias emergentes crescerão neste ano 4,5%, meio ponto a menos do que o antecipado em julho. Em 2014, o crescimento é de 5,1%, quatro décimos a menos do que o previsto.


Por isso a instituição considera "essencial" uma "implementação cuidadosa" e uma "comunicação clara" por parte da Fed.

Apesar dos mercados anteciparem um endurecimento das condições monetárias nos EUA, o FMI afirma que a autoridade monetária do país não subirá as taxas de juros de referência até 2016.

Além de isso, o organismo prevê que o impulso ao crescimento global virá fundamentalmente dos EUA, que deverá crescer 1,6% em 2013 e 2,6% em 2014, um e dois décimos a menos, respectivamente, do que o previsto em julho.

Apesar do renovado empurrão da econômica americana, o relatório divulgado hoje alerta que as projeções só se cumprirão se os gastos públicos da economia americana forem autorizados e o teto de sua dívida elevado.

O FMI também destacou o arrefecimento da economia chinesa, que atingirá "muitas outras economias", principalmente as exportadoras de matérias-primas nos países emergentes e em desenvolvimento.

Outros problemas para a economia global são a persistências de velhos problemas, como o fragmentado sistema financeiro da zona do euro e a dívida "preocupantemente elevada" de todas as economias avançadas.

*Matéria atualizada às 10h56

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