Economia

Lagarde pode manter funções durante investigação

A dirigente do FMI está envolvida em uma investigação sobre má utilização de recursos públicos quando ela era ministra de Finanças da França

A chefe do FMI, Christine Lagarde, chega para ser questionada por magistrado francês em Paris (REUTERS / Charles Platiau)

A chefe do FMI, Christine Lagarde, chega para ser questionada por magistrado francês em Paris (REUTERS / Charles Platiau)

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Da Redação

Publicado em 23 de maio de 2013 às 13h42.

Washington - O porta-voz do Fundo Monetário Internacional (FMI), Gerry Rice, disse nesta quinta-feira que a diretoria da instituição está confiante que a diretora-gerente, Christine Lagarde, pode continuar cumprindo suas obrigações, apesar de seu envolvimento em uma investigação sobre má utilização de recursos públicos quando ela era ministra de Finanças da França.

Lagarde depôs hoje em um tribunal especial de Paris e respondeu perguntas dos juízes que investigam acusações de que ela extrapolou sua autoridade como ministra em 2007, ao encaminhar para arbitragem um processo do empresário Bernard Tapie contra o Estado.

Após o interrogatório, os magistrados poderão decidir colocar a atual dirigente do FMI sob investigação formal, arquivar o caso ou indicá-la como "testemunha auxiliar", segundo seu advogado.

O porta-voz do FMI comentou também que a instituição deve reavaliar sua atual missão para o Chipre no fim de julho. Atualmente a instituição tem "uma pequena equipe técnica" no país analisando as condições financeiras e macroeconômicas.

O FMI estima que a economia cipriota voltará a crescer somente em 2015, impulsionada pelo forte regime tributário e a força de trabalho qualificada. "Não obstante, dada a situação excepcional do Chipre, as incertezas macroeconômicas continuam significativas, e obviamente isso é algo que nós vamos prestar muita atenção no futuro", afirmou o porta-voz.

No caso da Grécia, Rice reiterou que o FMI não prevê nenhuma discussão sobre uma reestruturação da dívida grega que está nas mãos de credores públicos. "O status de credor preferencial do FMI não está em discussão, nem na Grécia ou em outro lugar", garantiu. As informações são da Market News International.

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