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Fluxo internacional de capital ao Brasil deve cair em 2016

A estimativa preliminar do IIF é que as entradas de capital no Brasil caíram quase pela metade em 2015

Dólares: os fluxos devem ter nova queda (Thinkstock/Ingram Publishing)
DR

Da Redação

Publicado em 24 de janeiro de 2016 às 14h53.

Nova York - Instituto Internacional de Finanças (IIF, na sigla em inglês) projeta queda dos fluxos internacionais privados de capital para o Brasil em 2016, mesmo depois da forte redução já observada no ano passado, destaca um relatório da instituição, formada pelos maiores bancos do mundo, divulgado nesta semana.

A estimativa preliminar do IIF é que as entradas de capital no Brasil caíram quase pela metade em 2015, para US$ 108 bilhões, em meio à uma forte recessão, profunda crise política , fracasso em ajustar as contas públicas e uma cenário externo crescentemente adverso.

Em 2014, os fluxos ficaram em cerca de US$ 192 bilhões, considerando investimento externo direto, aportes em ações e renda fixa e outros investimentos, segundo o relatório.

Para este ano, os fluxos devem ter nova queda, diz o IIF, e ficar ao redor de US$ 96 bilhões.

"A projeção é que os ingressos de capital privado no Brasil declinem de novo em 2016, na medida em que a economia continue a encolher e os riscos políticos permaneçam elevados", afirma o relatório.

A elevação de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) ao longo do ano, as incertezas sobre os rumos do crescimento da China, a queda dos preços das commodities e a baixa expectativa de novos avanços no ajuste fiscal no Brasil devem contribuir para que o investidor estrangeiro redobre a cautela com o país, escrevem os economistas do IIF.

Outro fator que deve pesar nos fluxos externos de capital para o Brasil, de acordo com o IIF, é a demanda menor por recursos externos por companhias brasileiras, por conta de condições menos favoráveis para captações no mercado internacional de capital.

Além disso, a perda do grau de investimento por duas agências de classificação de risco já contribuiu para encolher os aportes em renda fixa e na bolsa brasileira, ressalta o estudo.

"Sem uma âncora fiscal confiável, a economia brasileira permanece vulnerável ao estresse de mercado, o que deve manter o real e os spreads sob pressão continuada", afirma o IIF.

"Esperamos que os fluxos de capital permaneçam sob pressão em 2016", afirma o relatório. Brasil, África do Sul e Turquia são citados pelo IIF como os três emergentes mais vulneráveis ao atual cenário econômico marcado pelo aumento da aversão ao risco.

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A estimativa preliminar do IIF é que as entradas de capital no Brasil caíram quase pela metade em 2015, para US$ 108 bilhões, em meio à uma forte recessão, profunda crise política , fracasso em ajustar as contas públicas e uma cenário externo crescentemente adverso.

Em 2014, os fluxos ficaram em cerca de US$ 192 bilhões, considerando investimento externo direto, aportes em ações e renda fixa e outros investimentos, segundo o relatório.

Para este ano, os fluxos devem ter nova queda, diz o IIF, e ficar ao redor de US$ 96 bilhões.

"A projeção é que os ingressos de capital privado no Brasil declinem de novo em 2016, na medida em que a economia continue a encolher e os riscos políticos permaneçam elevados", afirma o relatório.

A elevação de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) ao longo do ano, as incertezas sobre os rumos do crescimento da China, a queda dos preços das commodities e a baixa expectativa de novos avanços no ajuste fiscal no Brasil devem contribuir para que o investidor estrangeiro redobre a cautela com o país, escrevem os economistas do IIF.

Outro fator que deve pesar nos fluxos externos de capital para o Brasil, de acordo com o IIF, é a demanda menor por recursos externos por companhias brasileiras, por conta de condições menos favoráveis para captações no mercado internacional de capital.

Além disso, a perda do grau de investimento por duas agências de classificação de risco já contribuiu para encolher os aportes em renda fixa e na bolsa brasileira, ressalta o estudo.

"Sem uma âncora fiscal confiável, a economia brasileira permanece vulnerável ao estresse de mercado, o que deve manter o real e os spreads sob pressão continuada", afirma o IIF.

"Esperamos que os fluxos de capital permaneçam sob pressão em 2016", afirma o relatório. Brasil, África do Sul e Turquia são citados pelo IIF como os três emergentes mais vulneráveis ao atual cenário econômico marcado pelo aumento da aversão ao risco.

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