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Fluxo cambial é positivo em US$ 476 mi no mês até dia 18

Também foi divulgada a posição dos bancos, que está vendida em US$ 13,522 bilhões até 18 de junho

Dinheiro: segundo o BC, o fluxo cambial total está positivo em US$ 476 milhões até 18 de junho (Bloomberg)
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Da Redação

Publicado em 24 de junho de 2014 às 15h48.

Brasília - O Banco Central divulgou, durante a apresentação dos dados de setor externo, uma parcial para o fluxo cambial.

Segundo a instituição, o fluxo cambial total está positivo em US$ 476 milhões até 18 de junho.

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Esse resultado foi composto por um saldo positivo de US$ 1,800 bilhão na conta financeira, formado por entradas de US$ 25,756 bilhões e saídas de US$ 23,956 bilhões.

O fluxo até dia 18 também é formado pela conta comercial, que ficou negativa em US$ 1,324 bilhão no período.

As importações somaram US$ 11,624 bilhões e as exportações US$ 10,300 bilhões. Dentro das exportações estão US$ 1,834 bilhão em ACC, US$ 2,512 em PA e US$ 5,954 bilhões em demais operações.

Também foi divulgada a posição dos bancos, que está vendida em US$ 13,522 bilhões até 18 de junho.

Balança comercial

O chefe do Departamento Econômico do BC, Túlio Maciel, explicou que o país e o mundo registraram atividade menor, e a perspectiva é de um segundo semestre melhor para a balança comercial.

Além disso, ele explicou que as despesas de transporte estão em linha com o menor fluxo de comércio e a parte de renda, dentro das previsões da instituição, se manteve estável.

"Na parte de rendas, como um todo, a gente vê estabilidade nítida", avaliou.

Esse cenário levou a instituição a não revisar a previsão para o déficit nas contas externas, mantido em US$ 80 bilhões.

Segundo Maciel, em junho, a balança comercial também veio um pouco melhor.

"Os dados parciais de junho, das duas primeiras semanas, estão um pouco melhor", disse.

O economista informou ainda que o BC fez revisões para baixo tanto nas exportações quanto nas importações. "Na parte de exportações, nós tivemos um contexto desfavorável em termos de preço, como minério de ferro, açúcar e outros cujos preços diminuíram", argumentou.

Maciel ilustrou a questão ao explicar que, considerando os dados de janeiro a maio, em volume, as exportações cresceram 2%, mas os preços recuaram 5,1%. Em função dessa menor corrente de comércio, o BC revisou os dados para a balança comercial, de um superávit de US$ 8 bilhões em 2014 para um saldo positivo em US$ 5 bilhões. O número ainda está abaixo do esperado pelo mercado. No boletim Focus, divulgado pelo BC nesta segunda-feira, 23, a estimativa dos analistas estava em US$ 2 bilhões.

Taxa de rolagem

O BC informou ainda que a taxa de rolagem de empréstimos de médio e longo prazo captados no exterior ficou em 186% em maio. A rolagem de papéis ficou em 69% no mês passado.

Já a rolagem total teve uma taxa de 151%. No mesmo período do ano passado, a taxa geral foi de 110%, sendo 96% para papéis e 154% para empréstimos.

No acumulado do ano, a taxa geral de rolagem está em 179%, sendo 115% para papéis e 211% para empréstimos diretos. No mesmo período de 2013, a taxa era de 172% (131% para papéis e 191% para empréstimos diretos).

Destaque para os desembolsos de US$ 2,993 bilhões em empréstimos diretos no mês passado, ante US$ 3,738 bilhões no mesmo mês de 2013.

As amortizações passaram de US$ 3,406 bilhões para US$ 1,987 bilhão, na comparação entre maio deste e do ano passado.

O BC revisou a hipótese para a taxa de rolagem em 2014. Antes, a instituição trabalhava com uma taxa de 100%. Agora, aumentou para 125%. "Essa ainda é uma taxa conservadora visto o acumulado de janeiro a maior, que está em 179%", disse Maciel.

O economista ainda divulgou dados parciais para junho. Até o dia 18, a taxa parcial para papéis, está em 314%; para empréstimos, 92%; e a total em 167%.

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