Linha de transmissão de energia: companhias de energia culpam os preços no atacado, o custo da rede de fornecimento e os programas ambientais e sociais do governo (Dado Galdieri/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 2 de dezembro de 2013 às 11h16.
Londres - As maiores companhias de energia da Grã-Bretanha acertaram nesta segunda-feira a limitação dos aumentos em contas de domicílios, dando certo alívio ao primeiro-ministro David Cameron em uma questão que tem irritado os eleitores e dado à oposição uma forte linha de ataque antes da eleição em 2015.
Os custos de energia em disparada se tornaram um grande problema político na Inglaterra desde que o líder trabalhista Ed Miliband disse em setembro que ele congelaria as contas de consumidores por 20 meses caso seja eleito.
Em resposta à promessa do governo de remover alguns impostos e encargos sociais das contas, as "Seis Grandes" companhias de energia da Grã-Bretanha disseram que vão repassar as economias de custo e tentarão manter os preços baixos até a próxima eleição.
O secretário de Energia Ed Davey disse que as mudanças nas contas de eletricidade e gás, que farão parte da atualização orçamentária bianual do governo ao parlamento na quinta-feira, resultarão em uma economia de 50 libras (81,90 dólares) ao ano para cada família, em média.
As companhias de energia culpam os preços no atacado, o custo da rede de fornecimento e os programas ambientais e sociais do governo. As taxas ambientais e os encargos sociais respondem por cerca de 10 por cento das contas de energia domésticas.
Todas as firmas disseram que buscarão congelar as contas até após a próxima eleição, a não ser que os custos de energia no atacado ou os encargos de rede elétrica aumentem.
As seis grandes firmas, entre elas a Npower, da alemã RWE, a British Gas, controlada pela Centrica, a SSE, a Scottish Power, a E.ON e a EDF fornecem energia para 98 por cento dos domicílios britânicos.