Economia

Fipe reduz projeção do IPC para de junho em SP

A estimativa da taxa passou de 0,50% para 0,39%, em virtude, principalmente, do cenário dos grupos alimentação e transportes


	Nesta terça-feira, a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) divulgou que o IPC da terceira quadrissemana de junho registrou inflação de 0,30%
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Nesta terça-feira, a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) divulgou que o IPC da terceira quadrissemana de junho registrou inflação de 0,30% (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 25 de junho de 2013 às 14h38.

São Paulo - O coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), Rafael Costa Lima, promoveu nesta terça-feira, 25, forte revisão para baixo para a inflação de junho na capital paulista.

Em entrevista ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, ele disse que a estimativa da taxa passou de 0,50% para 0,39%, em virtude, principalmente, do cenário dos grupos alimentação e transportes.

Nesta terça-feira, a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) divulgou que o IPC da terceira quadrissemana de junho registrou inflação de 0,30%.

O resultado representou aceleração ante a taxa de 0,18% da segunda quadrissemana, mas ficou dentro do que era esperado pelo instituto (0,33%).

A revisão promovida por Costa Lima tem ligação com o panorama atual favorável da alimentação e com o cenário melhor do que o esperado anteriormente para o grupo transportes, depois que a prefeitura da cidade de São Paulo e o governo do Estado revogaram os reajustes nas tarifas de ônibus, metrô e trens.

Para o primeiro grupo, a projeção de alta da Fipe para junho passou de 0,35% para 0,05%. Para o grupo transportes, a estimativa de elevação passou de 1,39% para 1,02%. "Já faríamos uma revisão para baixo na previsão do IPC, mesmo que não houvesse o cancelamento do aumento nas tarifas", enfatizou o coordenador. "A alimentação continua surpreendendo em um nível baixo", justificou.


Na terceira quadrissemana, o grupo dos alimentou ampliou a variação de queda para 0,14%, ante baixa anterior de 0,04%. O principal motivo para esse recuo foi o expressivo declínio nos preços dos produtos in natura, de 1,71%, ante variação negativa de 0,76% na segunda quadrissemana.

Para o fim do mês, a Fipe continua aguardando a migração da alimentação para o terreno de altas, mas em um nível próximo da estabilidade. "A sazonalidade vem ajudando o grupo", disse Costa Lima.

Quanto à parte de transportes, que subiu 0,85% na terceira quadrissemana, apesar da revogação dos reajustes, a população paulistana conviveu com o aumento das tarifas durante praticamente três semanas em junho. E isso é captado pelo IPC deste mês, que só será aliviado pela revogação na última semana.

Para julho, a Fipe espera um grande alívio na inflação, com a medida do cancelamento. Em um cálculo preliminar, mas não oficial, Costa Lima disse que a taxa do IPC do próximo mês deverá ficar entre zero e 0,10%.

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