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Fipe projeta IPC de 0,43% para maio em São Paulo

"Não é um bom sinal, pois esses são os meses nos quais a inflação já deveria não estar num nível tão alto", comentou coordenador do IPC, Rafael Costa Lima

Consumidora pesquisa preços: para Costa Lima, com IPC projetado de 0,43%, é bem provável que resultado acumulado em 12 meses continue em processo de aceleração em maio (Elza Fiúza/ABr)
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Da Redação

Publicado em 6 de maio de 2014 às 15h18.

São Paulo - A Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) informou nesta terça-feira, 06, que projeta para maio uma taxa de inflação menor que a de abril na cidade de São Paulo.

De acordo com o coordenador do Índice de Preços ao Consumidor ( IPC ), Rafael Costa Lima, o indicador deverá encerrar o quinto mês do ano com uma variação positiva de 0,43%, o que representaria uma desaceleração de 0,10 ponto porcentual ante a taxa de 0,53% de abril.

Em entrevista à imprensa para detalhar o IPC do mês passado, ele disse que a expectativa de uma taxa de 0,43% em maio ainda não pode ser classificada como algo favorável.

"Não é um bom sinal, pois esses são os meses nos quais a inflação já deveria não estar num nível tão alto", comentou.

Para efeito de comparação, em maio de 2013, o IPC registrou taxa de apenas 0,10%. Em 2012 e 2011, o indicador mostrou altas de 0,35% e de 0,31%, respectivamente, no quinto mês.

Segundo Costa Lima, com a taxa projetada de 0,43%, é bem provável que o resultado acumulado em 12 meses continue em processo de aceleração em maio.

Entre março e abril, a taxa passou de 4,93% para 5,20%. "Com a nossa previsão para o mês, ela deverá chegar perto dos 5,5%", calculou.

A taxa de 5,5% é idêntica à projeção que a Fipe tem para o IPC de 2014. O coordenador preferiu manter a expectativa, apesar do cenário atual de inflação ainda em nível considerado longe do ideal.

Entre janeiro e abril deste ano, o indicador acumulou taxa de 2,76%, número maior do que o observado no mesmo período do ano passado, quando subiu 1,47%.

Especificamente para maio, a Fipe espera uma alta menor do grupo Alimentação, de 0,55%. Em abril, ainda pressionado por itens industrializados e semielaborados, o grupo subiu 1,23% e respondeu por 52,65% de toda a inflação captada pelo IPC.

De acordo com Costa Lima, a taxa de 0,55% prevista para Alimentação ainda não é a ideal e tende a gerar pressão para o IPC.

Outros grupos que devem trazer impacto de alta para o índice são os de Despesas Pessoais, em função da parte de viagens, e o de Saúde, ainda refletindo o reajuste dos remédios.

Para Despesas Pessoais, que avançou 1,00% em abril, a Fipe prevê elevação de 1,06% em maio. Para Saúde, que mostrou variação positiva de 1,15% no quarto mês de 2014, o instituto aguarda aumento de 1,10% neste mês.

Entre os grupos que devem ajudar o IPC em maio, o destaque deve continuar sendo o de Habitação, que teve alta de apenas 0,04% em abril em função de alívio gerado pelas tarifas de telefonia e de energia.

Para maio, a projeção para o grupo é de variação positiva de apenas 0,03%, já que a Fipe incorporará, para a tarifa de água, o desconto que a Sabesp está concedendo aos consumidores que estão economizando água em São Paulo.

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São Paulo - A Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) informou nesta terça-feira, 06, que projeta para maio uma taxa de inflação menor que a de abril na cidade de São Paulo.

De acordo com o coordenador do Índice de Preços ao Consumidor ( IPC ), Rafael Costa Lima, o indicador deverá encerrar o quinto mês do ano com uma variação positiva de 0,43%, o que representaria uma desaceleração de 0,10 ponto porcentual ante a taxa de 0,53% de abril.

Em entrevista à imprensa para detalhar o IPC do mês passado, ele disse que a expectativa de uma taxa de 0,43% em maio ainda não pode ser classificada como algo favorável.

"Não é um bom sinal, pois esses são os meses nos quais a inflação já deveria não estar num nível tão alto", comentou.

Para efeito de comparação, em maio de 2013, o IPC registrou taxa de apenas 0,10%. Em 2012 e 2011, o indicador mostrou altas de 0,35% e de 0,31%, respectivamente, no quinto mês.

Segundo Costa Lima, com a taxa projetada de 0,43%, é bem provável que o resultado acumulado em 12 meses continue em processo de aceleração em maio.

Entre março e abril, a taxa passou de 4,93% para 5,20%. "Com a nossa previsão para o mês, ela deverá chegar perto dos 5,5%", calculou.

A taxa de 5,5% é idêntica à projeção que a Fipe tem para o IPC de 2014. O coordenador preferiu manter a expectativa, apesar do cenário atual de inflação ainda em nível considerado longe do ideal.

Entre janeiro e abril deste ano, o indicador acumulou taxa de 2,76%, número maior do que o observado no mesmo período do ano passado, quando subiu 1,47%.

Especificamente para maio, a Fipe espera uma alta menor do grupo Alimentação, de 0,55%. Em abril, ainda pressionado por itens industrializados e semielaborados, o grupo subiu 1,23% e respondeu por 52,65% de toda a inflação captada pelo IPC.

De acordo com Costa Lima, a taxa de 0,55% prevista para Alimentação ainda não é a ideal e tende a gerar pressão para o IPC.

Outros grupos que devem trazer impacto de alta para o índice são os de Despesas Pessoais, em função da parte de viagens, e o de Saúde, ainda refletindo o reajuste dos remédios.

Para Despesas Pessoais, que avançou 1,00% em abril, a Fipe prevê elevação de 1,06% em maio. Para Saúde, que mostrou variação positiva de 1,15% no quarto mês de 2014, o instituto aguarda aumento de 1,10% neste mês.

Entre os grupos que devem ajudar o IPC em maio, o destaque deve continuar sendo o de Habitação, que teve alta de apenas 0,04% em abril em função de alívio gerado pelas tarifas de telefonia e de energia.

Para maio, a projeção para o grupo é de variação positiva de apenas 0,03%, já que a Fipe incorporará, para a tarifa de água, o desconto que a Sabesp está concedendo aos consumidores que estão economizando água em São Paulo.

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