Economia

Fipe: IPC deve subir 0,09% em maio com primeiro efeito da bandeira amarela

A mudança na bandeira tarifária na conta de luz adiciona R$ 1,00 a cada quilowatts-hora (kWh) consumidos

Conta de luz: estimativa é que impacto da bandeira amarela seja distribuído entre o índice de maio, junho e julho (Divulgação/Divulgação)

Conta de luz: estimativa é que impacto da bandeira amarela seja distribuído entre o índice de maio, junho e julho (Divulgação/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 3 de maio de 2018 às 19h45.

São Paulo - Depois de cair 0,03% em abril, a expectativa da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) é que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) feche maio com alta de 0,09%, já sentindo os primeiros efeitos da mudança de bandeira este mês. Pelos cálculos da Fipe, a modificação de bandeira verde, sem cobrança extra, para a amarela, que adiciona R$ 1,00 a cada quilowatts-hora (kWh) consumidos, deve elevar o IPC em até 0,08 ponto porcentual. A estimativa é que esse impacto seja distribuído entre o índice de maio, junho e julho.

A despeito da expectativa de aceleração do IPC, Moacir Mokem Yabiku, gerente técnico de pesquisa do IPC, pondera que a inflação na capital paulista ainda ficará comportada, dado que em maio de 2017 a taxa fora de 0,52%. Um dos grupos que devem permitir um resultado mais baixo do IPC, diz, é Alimentação, para o qual estima retração de 0,08% após recuo de 0,10% em abril.

No geral, as projeções para os grupos que integram o IPC são baixas. Para Habitação, a estimativa é de alta de 0,15% na comparação com -0,13% em abril, e previsão de elevação de 0,08% para Transportes em maio após 0,05% no quarto mês.

Para Despesas Pessoais, a Fipe estima alta de 0,11% em relação à queda de 0,27% em abril, diante da estimativa de pressão nos preços de viagem e excursão em razão das férias de julho e da depreciação cambial.

Segundo Yabiku, a queda de 7,06% no item no IPC de abril permitiu alívio de 0,07 ponto no IPC, que teve recuo de 0,03% naquele mês. Porém, a proximidade com as férias escolares e a alta do dólar acendem a luz amarela para esses preços, assim como para outros da cesta de produtos da cesta da Fipe a depender do ritmo do avanço e da continuidade desse aumento. Por enquanto, a Fipe mantém a expectativa de 3,15% para o IPC de 2018.

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