Economia

Finlândia prefere sair do euro a pagar as dívidas dos demais

O governo reconheceu que seu país, um dos poucos da Eurozona a manter a nota máxima da dívida, "representa uma linha dura" com os planos de ajuda financeira

Chefe dos ministros da zona do euro, Jean-Claude Juncker (E), com ministra finlandesa Jutta Urpilainen (R): "somos construtivos e queremos resolver a crise, mas não a qualquer preço" (Jean-Christophe Verhaegen/AFP)

Chefe dos ministros da zona do euro, Jean-Claude Juncker (E), com ministra finlandesa Jutta Urpilainen (R): "somos construtivos e queremos resolver a crise, mas não a qualquer preço" (Jean-Christophe Verhaegen/AFP)

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Da Redação

Publicado em 6 de julho de 2012 às 09h36.

Helsinque - A Finlândia prefere sair do euro a pagar as dívidas dos demais países que adotaram a moeda comum, afirmou a ministra finlandesa da Finanças, Jutta Urpilainen.

"A Finlândia se comprometeu a ser um membro da zona do euro e consideramos que o euro é benéfico para a Finlândia. No entanto, a Finlândia não se prenderá ao euro a qualquer preço e estamos preparados para todos os cenários, inclusive abandonar a moeda europeia", declarou em uma entrevista ao jornal Kauppalehti.

A ministra afirmou que o país não deve estar preparado para assumir a responsabilidade coletiva das dívidas e dos riscos de outros países.

Urpilainen reconheceu na quinta-feira que a Finlândia, um dos poucos países da Eurozona a manter a nota máxima da dívida, triplo A, "representa uma linha dura" com os planos de ajuda financeira.

"Somos construtivos e queremos resolver a crise, mas não a qualquer preço", advertiu.

Helsinque não aceita que o Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEDE) compre dívida no mercado secundário como decidiu a reunião de cúpula de Bruxelas da semana passada, para apoiar os países em dificuldades, como Itália e Espanha.

No ano passado, o país exigiu e obteve um acordo bilateral com a Grécia para que Atenas garanta que restituirá o dinheiro antecipado para o segundo plano de ajuda.

Na quinta-feira, anunciou a abertura de negociações bilaterais com a Espanha para obter as mesmas garantias em troca da participação no resgate dos bancos espanhóis.

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