Economia

Fiesp prevê que oferta entre blocos esteja pronta em março

Segundo federação, Mercosul terá pronta em março a oferta de liberalização comercial que apresentará à União Europeia (UE)

Chanceler britânico, William Hague, é recebido no Itamaraty pelo ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Chanceler britânico, William Hague, é recebido no Itamaraty pelo ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 18 de fevereiro de 2014 às 17h12.

Assunção - O Mercosul terá pronta em março a oferta de liberalização comercial que apresentará à União Europeia (UE) e que será a base para negociar um acordo entre os blocos, disse nesta terça-feira à Agência Efe Rubens Barbosa, diretor da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

Os países-membros do bloco sul-americano se reunirão em 7 de março para finalizar a oferta, declarou Barbosa, que preside o Conselho Superior de Comércio Exterior da Fiesp e que participa em Assunção de uma delegação empresarial brasileira.

"A ideia é que até março o Mercosul tenha uma proposta final para oferecer à União Europeia", afirmou o diretor da Fiesp.

A troca de ofertas entre os dois lados do Atlântico estava prevista para dezembro de 2013, mas foi adiada para o começo deste ano por pedido da União Europeia.

A intenção do Brasil era realizá-la em janeiro, mas o tema ficou no ar pelo adiamento da cúpula presidencial do Mercosul em Caracas, para a qual até hoje não há data.

Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai (Venezuela é membro do Mercosul, mas ainda não uniu-se às negociações) realizaram este mês uma reunião técnica em Caracas para unificar a oferta.

Enquanto alguns analistas puseram em dúvida o interesse de Buenos Aires nas negociações, Barbosa garantiu que a participação da Argentina no processo "está evoluindo positivamente".

"Tenho a impressão que há um consenso que vamos avançar juntos", comentou.

A negociação entre o Mercosul e a UE começou formalmente em 2000, mas desde então se prolongou sem sucesso e foi interrompida várias vezes, até seu reatamento no ano passado com o acordo entre as partes de proceder a troca de ofertas.

Barbosa destacou a importância de um possível acordo para o bloco, o que romperia seu "isolamento" atual, perante o pouco número de acordos comerciais com outros países ou regiões.

O pacto "abre a possibilidade de integração das cadeias produtivas, o que é positivo para todos", acrescentou o ex-embaixador brasileiro em Londres e Washington.

Acompanhe tudo sobre:ComércioComércio exteriorDiplomaciaEuropaFiespMercosulUnião Europeia

Mais de Economia

Governo sobe previsão de déficit de 2024 para R$ 28,8 bi, com gastos de INSS e BPC acima do previsto

Lula afirma ter interesse em conversar com China sobre projeto Novas Rotas da Seda

Lula diz que ainda vai decidir nome de sucessor de Campos Neto para o BC

Mais na Exame