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FGV diz que corte no orçamento é correto e prevê mais

Rio de Janeiro - O governo brasileiro deve anunciar, até o fim deste ano, novos cortes no Orçamento da União, como o que foi anunciado hoje (13) pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. A previsão é do professor de economia da Fundação Getulio Vargas (FGV), Robson Gonçalves. Ele acredita que os R$ 31,8 bilhões de […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.

Rio de Janeiro - O governo brasileiro deve anunciar, até o fim deste ano, novos cortes no Orçamento da União, como o que foi anunciado hoje (13) pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. A previsão é do professor de economia da Fundação Getulio Vargas (FGV), Robson Gonçalves. Ele acredita que os R$ 31,8 bilhões de contingenciamento já anunciados talvez não sejam suficientes para que o governo alcance o seu objetivo.

O governo federal anunciou hoje o corte de R$ 10 bilhões no Orçamento, que se somou aos R$ 21,8 bilhões que já haviam sido bloqueados em março. Segundo Mantega, o objetivo da medida é manter a inflação dentro da meta de 2,5% a 6,5%.

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"O governo vai dar as más notícias aos poucos. Acredito que haverá novos contingenciamentos ao longo do ano, porque, de fato, os dados que saíram relativos a março mostram que as contas públicas estavam indo numa trajetória ruim. Talvez esse contingenciamento esteja sendo anunciado aos poucos, por conta da resistência política que existe num ano eleitoral", disse Robson Gonçalves.

Apesar de chamar o contingenciamento de "má notícia", Gonçalves acredita que o governo acertou ao adotar a medida, não só para conter a inflação, como também para desacelerar a demanda e reduzir o déficit público.

No que se refere ao déficit público, o economista acredita que neste momento, em que uma crise econômica atinge a União Europeia, é importante para o Brasil sinalizar um compromisso com a redução dos gastos públicos.

"Na medida em que o governo tem dificuldades de mostrar que ele está dentro de seus limites de crédito, isso gera uma grande sensação de insegurança no sistema financeiro. Isso acaba criando uma grande incerteza sobre a saúde de todo o sistema financeiro", afirmou o economista da FGV.

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