Exame Logo

Fed retira promessa de paciência para elevar juro

O Federal Reserve deu mais um passo em direção da aguardada primeira alta de juros desde 2006, removendo a palavra "paciente" de seu comunicado

A sede da Federal Reserve: bolsas saltaram após o comunicado do Fed (Karen Bleier/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 18 de março de 2015 às 16h51.

Washington - O Federal Reserve deu mais um passo nesta quarta-feira em direção da aguardada primeira alta de juros desde 2006, removendo a palavra "paciente" de seu comunicado, mas os mercados passaram a apostar que o aperto monetário terá início em setembro, após o banco central dos Estados Unidos reduzir suas estimativas de crescimento e inflação.

As bolsas saltaram após o comunicado do Fed, enquanto o rendimento dos títulos do Tesouro dos EUA de 10 anos recuou abaixo de 2 por cento pela primeira vez desde 2 de março e o euro subiu contra o dólar. Os movimentos aconteceram porque as projeções menos otimistas parecem tirar a força das expectativas de alta de juros em junho.

"Foi amplamente o que era esperado, embora alguns pudessem temer que o Fed fosse mais linha dura, e isso explica o rali que estamos vendo agora, uma vez que ele não delimitou um momento preciso para a alta de juros", disse o gestor de portfólio John Carey, do Pioneer Investment Management.

Em seu comunicado após dois dias de reunião, o comitê de política monetária do Fed repetiu sua visão de que as condições do mercado de trabalho melhoraram. O comunicado colocou sobre a mesa um aumento dos juros em junho, embora também dê ao Fed flexibilidade suficiente para agir mais tarde no ano, destacando que qualquer decisão vai depender de dados.

"O comitê prevê que será apropriado elevar a banda para a meta da taxa de juros quando vir mais melhora no mercado de trabalho e esteja razoavelmente confiante que a inflação voltará a seu objetivo no médio prazo", disse o Fed em seu comunicado.

O Fed afirmou ainda que um aumento dos juros continua sendo "improvável" em sua reunião de abril e disse que a mudança na orientação não significa que o banco central decidiu o momento da alta de juros.

O Fed havia dito anteriormente que seria paciente ao avaliar quando vai normalizar a política monetária.

Embora o Fed tenha mostrando que está se aproximando de elevar os juros, novas projeções do banco central revelaram uma visão mais cautelosa do cenário econômico. "O Fed ainda está a caminho (de elevar os juros) mas o ritmo desse aumento foi reduzido, na comparação com as expectativas do mercado", disse o diretor de pesquisa do U.S. Global Investors, John Derrick.

O relatório trimestral do Fed de projeções econômicas apontou corte na perspectiva de inflação para 2015 e reduziu dramaticamente a trajetória para a taxa de juros.

O Fed continuou a admitir que a inflação está abaixo das expectativas, pressionada em parte pela queda dos preços da energia.

"A inflação caiu mais abaixo do objetivo de longo prazo do comitê", disse o Fed.

A chair do Fed, Janet Yellen, tem mantido os juros perto de zero desde que assumiu o banco central em fevereiro de 2014.

E embora Yellen tenha aberto caminho para o início da alta de juros, o Fed continua a lidar com dados econômicos mistos: forte criação de empregos, crescimento contínuo e demanda saudável de consumidores nos EUA, mas colapso global nos preços do petróleo e rápida alta do dólar, o que pode significar que o Fed continua longe de sua meta de inflação.

O Fed reduziu nesta quarta-feira sua visão sobre a atividade econômica, dizendo que o crescimento "moderou um pouco", uma diferença em relação a dezembro, quando citou que a atividade econômica estava se expandindo a um ritmo sólido.

Não houve dissidentes em relação ao comunicado do Fed.

Veja também

Washington - O Federal Reserve deu mais um passo nesta quarta-feira em direção da aguardada primeira alta de juros desde 2006, removendo a palavra "paciente" de seu comunicado, mas os mercados passaram a apostar que o aperto monetário terá início em setembro, após o banco central dos Estados Unidos reduzir suas estimativas de crescimento e inflação.

As bolsas saltaram após o comunicado do Fed, enquanto o rendimento dos títulos do Tesouro dos EUA de 10 anos recuou abaixo de 2 por cento pela primeira vez desde 2 de março e o euro subiu contra o dólar. Os movimentos aconteceram porque as projeções menos otimistas parecem tirar a força das expectativas de alta de juros em junho.

"Foi amplamente o que era esperado, embora alguns pudessem temer que o Fed fosse mais linha dura, e isso explica o rali que estamos vendo agora, uma vez que ele não delimitou um momento preciso para a alta de juros", disse o gestor de portfólio John Carey, do Pioneer Investment Management.

Em seu comunicado após dois dias de reunião, o comitê de política monetária do Fed repetiu sua visão de que as condições do mercado de trabalho melhoraram. O comunicado colocou sobre a mesa um aumento dos juros em junho, embora também dê ao Fed flexibilidade suficiente para agir mais tarde no ano, destacando que qualquer decisão vai depender de dados.

"O comitê prevê que será apropriado elevar a banda para a meta da taxa de juros quando vir mais melhora no mercado de trabalho e esteja razoavelmente confiante que a inflação voltará a seu objetivo no médio prazo", disse o Fed em seu comunicado.

O Fed afirmou ainda que um aumento dos juros continua sendo "improvável" em sua reunião de abril e disse que a mudança na orientação não significa que o banco central decidiu o momento da alta de juros.

O Fed havia dito anteriormente que seria paciente ao avaliar quando vai normalizar a política monetária.

Embora o Fed tenha mostrando que está se aproximando de elevar os juros, novas projeções do banco central revelaram uma visão mais cautelosa do cenário econômico. "O Fed ainda está a caminho (de elevar os juros) mas o ritmo desse aumento foi reduzido, na comparação com as expectativas do mercado", disse o diretor de pesquisa do U.S. Global Investors, John Derrick.

O relatório trimestral do Fed de projeções econômicas apontou corte na perspectiva de inflação para 2015 e reduziu dramaticamente a trajetória para a taxa de juros.

O Fed continuou a admitir que a inflação está abaixo das expectativas, pressionada em parte pela queda dos preços da energia.

"A inflação caiu mais abaixo do objetivo de longo prazo do comitê", disse o Fed.

A chair do Fed, Janet Yellen, tem mantido os juros perto de zero desde que assumiu o banco central em fevereiro de 2014.

E embora Yellen tenha aberto caminho para o início da alta de juros, o Fed continua a lidar com dados econômicos mistos: forte criação de empregos, crescimento contínuo e demanda saudável de consumidores nos EUA, mas colapso global nos preços do petróleo e rápida alta do dólar, o que pode significar que o Fed continua longe de sua meta de inflação.

O Fed reduziu nesta quarta-feira sua visão sobre a atividade econômica, dizendo que o crescimento "moderou um pouco", uma diferença em relação a dezembro, quando citou que a atividade econômica estava se expandindo a um ritmo sólido.

Não houve dissidentes em relação ao comunicado do Fed.

Acompanhe tudo sobre:Estados Unidos (EUA)Fed – Federal Reserve SystemJurosMercado financeiroPaíses ricos

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Economia

Mais na Exame