Economia

Fed propõe afrouxar normas impostas a bancos após crise de 2008

Embora os principais bancos americanos não sejam afetados pela mudança das normas, o Fed estuda uma outra proposta que será publicada em breve

JEROME POWELL: o presidente do Fed vem sendo pressionado para segurar o aumento dos juros  / REUTERS/Yuri Gripas (Yuri Gripas/Reuters)

JEROME POWELL: o presidente do Fed vem sendo pressionado para segurar o aumento dos juros / REUTERS/Yuri Gripas (Yuri Gripas/Reuters)

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AFP

Publicado em 31 de outubro de 2018 às 16h13.

O Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano) propôs nesta quarta-feira afrouxar as normas impostas aos principais bancos do país após a crise de 2008, dentro da tendência de desregulamentação impulsionada pelo governo de Donald Trump.

As novas regras, que acompanham a aprovação de uma lei no Congresso neste verão (boreal), reduzirão os colchões de capital e os testes de resistência de 15 bancos e instituições financeiras de peso, como US Bancorp, Capital One, PNC Financial e SunTrust.

Algumas dessas instituições agora estarão sujeitas a testes de resistência apenas a cada dois anos.

Contudo, os oito maiores bancos americanos, que representam mais de 50% dos ativos bancários dos Estados Unidos, continuarão sob escrutínio, com testes anuais. Esta lista inclui JP Morgan, Bank of America, Citigroup, Wells Fargo, Goldman Sachs, Stanley Morgan, Bank of New York Mellon e State Street.

Embora os principais bancos americanos não sejam afetados pelo afrouxamento das normas, o Fed estuda uma outra proposta que será publicada "em breve", informou o Fed.

O alívio das regulações estabelecidas pela lei Dodd-Frank depois da crise das hipotecas "subprime", que lançou o mundo em uma recessão entre 2008 e 2009, não foi unânime na direção do Fed.

A governadora Lael Brainard, democrata nomeada por Barack Obama, votou contra. "Isto alivia as exigências regulamentares para os bancos americanos que têm ativos avaliados entre 250 bilhões e 700 bilhões e debilita as proteções no seio do nosso sistema", disse.

O presidente do Fed Jerome Powell, apoiou o projeto de lei, considerado "sensato" por ele. "Estas propostas adaptam nossos padrões de prudência para que coincidam com os perfis de risco das instituições que supervisionamos", disse ao conselho diretor.

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