Moedas: para FecomercioSP, alta na proporção de famílias endividadas pode ser atribuída, por exemplo, à elevação dos índices inflacionários ao longo do ano e à desvalorização do real (Dado Galdieri / Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 31 de janeiro de 2014 às 15h43.
São Paulo - O número de famílias paulistanas endividadas avançou 12,1% de janeiro de 2013 para janeiro de 2014, passando de 1,751 milhão para 1,963 milhão, informou nesta sexta-feira a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
Com isso, a taxa de endividamento na capital paulista chegou a 54,7%, o maior porcentual para o primeiro mês do ano desde 2007, quando a taxa foi de 57,9%.
Segundo a FecomercioSP, o aumento na proporção de famílias endividadas pode ser atribuído, entre outras razões, à elevação dos índices inflacionários ao longo do ano e à desvalorização do real.
"Para manter o padrão de consumo que inclui uma gama cada vez maior de produtos importados, as pessoas podem estar recorrendo mais ao crédito, comprometendo assim boa parte da renda", diz em nota a entidade.
Apesar da elevação na taxa de endividamento, a FecomercioSP destacou alguns números positivos. A fatia de famílias paulistanas com contas em atraso, por exemplo, recuou de 15,3% em janeiro de 2013 para 14,8% no mesmo mês de 2014. A parcela que informou não ter condições financeiras suficientes para honrar suas dívidas também caiu, saindo de 5,5% há um ano para 4,7% agora.
No comparativo mensal, houve ampliação do total de famílias endividadas, de 52,9% em dezembro para os atuais 54,7% em janeiro. Mas, conforme a entidade, o resultado já era esperado por causa de variáveis sazonais, como as compras de presentes de Natal e de itens para as comemorações de fim de ano.
Tipos de dívida
O cartão de crédito continua sendo a principal fonte de dívida dos paulistanos. Em janeiro de 2014, mais de dois terços do total das famílias (69,5%) disseram ter faturas para pagar. Em seguida aparecem os financiamentos de carro (19,6%), os carnês de crediário (17,1%), o crédito pessoal (10,6%), os financiamentos imobiliários (10,4%) e o cheque especial (5,4%).