Economia

Fecomercio-SP: preços no varejo sobem 1,01% em abril

Esta foi a oitava alta consecutiva do indicador; no ano, o índice acumula alta de 1,82% e, em 12 meses, de 5,24%

O índice é calculado com base em dados de 2.000 estabelecimentos comerciais de São Paulo, coletados mensalmente (TAMIRES KOPP/PRINT MAKER)

O índice é calculado com base em dados de 2.000 estabelecimentos comerciais de São Paulo, coletados mensalmente (TAMIRES KOPP/PRINT MAKER)

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Da Redação

Publicado em 3 de junho de 2011 às 17h49.

São Paulo - A inflação do comércio varejista na cidade de São Paulo foi de 1 01% em abril, de acordo com o Índice de Preços no Varejo (IPV) da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP). Esta foi a oitava alta consecutiva do indicador. No ano, o índice acumula alta de 1,82% e, em 12 meses, de 5,24%. "O resultado de abril é o maior desde outubro de 2010, quando a variação foi de 1,18%", diz a entidade.

Sete dos 21 segmentos que compõem o índice registraram recuo de preços, "contribuindo para que o IPV não se elevasse mais ainda". A inflação em abril foi puxada pela atividade do setor de combustíveis e lubrificantes (responsável por pouco mais de 58% da variação em abril, sendo que em março o setor havia sido responsável por 70% da variação daquele mês). Os preços do setor aumentaram 6,80% em abril e, no ano, a alta acumulada é de 10 78%.

"Tanto o álcool (10,36%) como a gasolina (6,61%) foram fortemente impactados pelas condições climáticas pouco favoráveis (o excesso de chuvas prejudicou a moagem da cana-de-açúcar). A alteração da composição da gasolina - que passa a ter uma margem menor de álcool (de 18% a 25%) - deve contribuir para o processo de realinhamento de preços", diz a Fecomercio-SP, em nota.

No segmento de drogarias e perfumarias, os preços subiram 2,94% em abril em relação a março. Em supermercados, houve alta de 0 79% na mesma base de comparação, pressionada pelos preços dos alimentos, entre eles tubérculos (17,07%), ovos (6,44%), leites (4,03%), derivados da carne (1,94%) e bebidas não alcoólicas (1 84%).

Os outros setores que apresentaram variação positiva foram vestuário, tecidos e calçados (0,74%) - em que os preços foram pressionados pelo outono e proximidade do inverno -, floriculturas (2,45%), brinquedos (0,80%), padarias (0,75%), relojoarias (0,74%), material de construção (0,38%), óticas (0 38%), CDs (0,16%), material de escritório e outros (0,16%), livraria (0,08%) e jornais e revistas (0,08%).

Entre os segmentos que encerraram o mês de abril com queda de preços estão eletrodomésticos, com recuo de 1,71%, móveis e decorações (-0,73%) e açougues (-1,45%), além de autopeças e assessórios (-1,36%), feiras (-0,67%), eletroeletrônicos e outros (-0,60%) e veículos (-0,12%).

O índice é calculado com base em dados de 2.000 estabelecimentos comerciais de São Paulo, coletados mensalmente.

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