Economia

Fecomercio-SP diz que decisão do Copom é sadia e sensata

O corte feito pela autoridade monetária, na avaliação da Federação, deixa o Brasil com uma taxa de juros mais próxima de um dígito

Banco Central divulga Focus às 8h de hoje (Divulgação/Banco Central)

Banco Central divulga Focus às 8h de hoje (Divulgação/Banco Central)

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Da Redação

Publicado em 30 de novembro de 2011 às 22h06.

São Paulo - A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP) considerou "sadia" e "sensata" a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) que reduziu hoje a taxa básica de juros, a Selic, em 0,5 ponto porcentual, para 11% ao ano. O corte feito pela autoridade monetária, na avaliação da Federação, deixa o Brasil com uma taxa de juros mais próxima de um dígito. Mas fez uma ressalva: "É apenas a correção de um equívoco do governo federal quando estabeleceu um arsenal macroprudencial no final de 2010 para combater a alta dos preços", afirmou, em nota, a Federação.

O presidente da Fecomercio-SP, Abram Szajman, lembrou que, desde aquele momento, a entidade tem alertado sobre o erro conceitual das decisões. "Conter inflação proveniente de gargalos produtivos e de fatores pontuais e localizados por meio de política monetária tradicional custa muito caro em termos sociais e produz um efeito pífio, como estamos vendo no momento", ressaltou. "Além disso, não havia um processo de superendividamento ou de risco de descontrole de inadimplência, para o qual houve a adoção de medidas restritivas no mercado de crédito", acrescentou. Na avaliação da entidade, o mercado está sob controle e não há evidências de um processo de inadimplência a caminho.

A Fecomercio-SP espera que, em 2012, o Banco Central persiga uma taxa menor, reduzindo o porcentual para um dígito por "um bom período de tempo". A entidade argumenta, na nota, que não consegue identificar os motivos pelos quais o Brasil tenha de manter taxas básicas de juros no curto e no longo prazos "tão elevadas". "Há situação fiscal favorável, câmbio apreciado, inadimplência e mercado de crédito sob controle, sistema financeiro robusto e saneado, e, funcionamento institucional adequado", afirma. "Talvez hoje no mundo nenhum outro país se encontre na mesma situação, tão favorável para combinar crescimento econômico sustentável com taxas de juros baixas", completa.

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