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Fé no taco

Cada centavo pago pelos passageiros que cruzam o pedágio da ponte que liga Nova Délhi a Noida, na Índia, é acompanhado online num centro de controle em São José dos Campos, no Vale do Paraíba, em São Paulo. Ali fica a sede da Compsis, empresa de alta tecnologia criada há 14 anos por um grupo […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h27.

Cada centavo pago pelos passageiros que cruzam o pedágio da ponte que liga Nova Délhi a Noida, na Índia, é acompanhado online num centro de controle em São José dos Campos, no Vale do Paraíba, em São Paulo. Ali fica a sede da Compsis, empresa de alta tecnologia criada há 14 anos por um grupo de engenheiros do setor aeroespacial. O sistema de arrecadação de pedágio da ponte é um dos produtos que essa empresa de apenas 165 funcionários exporta há quatro anos para países como Austrália, Índia e África do Sul.

O que levou uma pequena empresa do interior paulista a disputar contratos em países tão distantes? "Queríamos concorrer numa escala maior com companhias de lugares diferentes para nos tornar mais competitivos", diz Ailton Queiroga, diretor e um dos fundadores da Compsis. Do faturamento de 16 milhões de reais no ano passado, cerca de 20% foram provenientes da exportação de produtos como sistemas avançados para controle de tráfego e auditoria eletrônica para meios de pagamento.

Atualmente, a Compsis está prospectando negócios em seis países. Como faz isso? "Rodamos meio mundo para descobrir clientes em potencial, avaliamos planos de desenvolvimento de governos, recorremos à avaliação de consultorias e também usamos nossa rede de conhecidos", diz Queiroga. Segundo ele, para exportar é preciso que os negócios floresçam também no mercado interno. "Fala-se na necessidade de promover a marca Brasil lá fora, mas devemos fazer o mesmo esforço aqui dentro", diz ele. "O brasileiro precisa resgatar sua auto-estima e acreditar que é, sim, capaz de produzir tecnologia de qualidade."

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