Economia

Fazenda descarta necessidade de empréstimo imediato para o FMI

Secretário confirmou que Brasil poderá emprestar dinheiro para o fundo no futuro caso seja necessário

Sede do FMI: fundo tem atualmente US$ 390 bilhões disponíveis  (Wikimedia Commons)

Sede do FMI: fundo tem atualmente US$ 390 bilhões disponíveis (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 30 de novembro de 2011 às 17h23.

Brasília – Com US$ 390 bilhões disponíveis para emprestar, o Fundo Monetário Internacional (FMI) não precisa de aportes de recursos imediatos, disse hoje o secretário de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, Carlos Mário Cozendey. Ele, no entanto, admitiu que uma ajuda pode ser necessária no futuro, caso alguma grande economia da Europa precise de socorro.

“Hoje, [o FMI] não precisa de recursos. Amanhã, pode precisar”, declarou o secretário. Segundo ele, o agravamento da crise econômica mundial será o principal assunto a ser discutido na visita que a diretora gerente do Fundo, Christine Lagarde, fará amanhã (1º) a Brasília.

O secretário reiterou a posição do governo brasileiro de injetar dinheiro no FMI somente se não houver adiamento do aumento das cotas de países emergentes no organismo internacional. O Brasil defende que ajudas ao FMI sejam definidas por meio de acordos diretos entre o Fundo e cada país que emprestar os recursos. Países europeus, no entanto, pedem que o dinheiro que seria usado pelos emergentes para elevar a participação no FMI em 2012 seja destinado a operações de socorro, o que adiaria o aumento das cotas.

“Em Cannes [na reunião do G20, no início de novembro], foi discutido qual seria o caminho. Se [o Fundo] precisar dos recursos, a gente sabe como fazer. Acordos bilaterais são mais rápidos e mais ágeis”, declarou Cozendey.

O secretário destacou que outras opções de ajuda aos países da zona do euro estão em discussão, além de empréstimos do FMI. Ele citou o reforço do fundo garantidor europeu e a interferência direta do Banco Central Europeu na compra de títulos da dívida de países com problemas no balanço de pagamentos, como a Grécia e Itália.

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