Economia

Exportações de cooperativas brasileiras batem recorde

A balança comercial das cooperativas apresenta saldo positivo de US$ 4,857 bilhões nos primeiros dez meses, resultado recorde para o período

Entre os principais produtos exportados pelas cooperativas estão açúcar refinado, com vendas de US$ 902,5 milhões, representando 17,6% do total exportado pelas cooperativas (Divulgação)

Entre os principais produtos exportados pelas cooperativas estão açúcar refinado, com vendas de US$ 902,5 milhões, representando 17,6% do total exportado pelas cooperativas (Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de novembro de 2011 às 10h27.

Brasília - As exportações das cooperativas brasileiras passaram do patamar dos US$ 5 bilhões, pela primeira vez em um ano, informou hoje (17) o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. O total chegou a US$ 5,141 bilhões, ultrapassando o registrado no período de janeiro a outubro de 2010 (US$ 4,417 bilhões) e também os valores registrados nos anos anteriores da série histórica iniciada em 2005. Nos primeiros dez meses de 2011, as exportações apresentaram crescimento de 34,6% sobre igual período de 2010 e a participação do setor na pauta de exportações brasileira está em 2,4%.

Segundo o ministério, nas importações das cooperativas houve crescimento de 32,5% sobre igual período do ano passado e as compras somam US$ 284 milhões no acumulado deste ano, com participação de 0,3% no total das aquisições do país no exterior.

Com esses resultados, a balança comercial das cooperativas apresenta saldo positivo de US$ 4,857 bilhões nos primeiros dez meses, resultado recorde para o período superando em 34,7% o superávit de 2010 (US$ 3,606 bilhões).

Nos dez meses de 2011, São Paulo foi o estado com maior valor de exportações de cooperativas, com US$ 1,716 bilhão, representando 33,4% do total. Em seguida estão Paraná (US$ 1,696 bilhão, 33%), Minas Gerais (US$ 666,8 milhões, 13%); Rio Grande do Sul (US$ 331,4 milhões, 6,5%) e Santa Catarina (US$ 248,9 milhões, 4,8%).

O Paraná foi o estado com maior valor de importações via cooperativas, com US$ 115,4 milhões, representando 40,6% do total. Em seguida estão Santa Catarina (US$ 68,1 milhões, 24,0%), São Paulo (US$ 46,6 milhões, 16,4%), Rio Grande do Sul (US$ 20,1 milhões, 7,1%), Goiás (US$ 15,7 milhões, 5,5%).


Entre os principais produtos exportados pelas cooperativas estão açúcar refinado (com vendas de US$ 902,5 milhões, representando 17,6% do total exportado pelas cooperativas), soja em grãos (US$ 663,1 milhões, 12,9%), café em grãos (US$ 623,7 milhões, 12,1%) e açúcar em bruto (US$ 596,3 milhões, 11,6%).

Já entre os produtos adquiridos pelas cooperativas, os principais, no período, foram diidrogeno-ortofosfato de amônio (US$ 24,7 milhões, 8,7%), cevada cervejeira (US$ 23,8 milhões, 8,4%), ureia com teor de nitrogênio (US$ 22,3 milhões, 7,8%), malte não torrado (US$ 17,9 milhões, 6,3%) e nitrato de amônio (US$ 13,3 milhões, 4,7%).

No acumulado do ano, o principal mercado de destino dos produtos das cooperativas brasileiras foi a China, com vendas de US$ 661 milhões, representando 12,9% do total. Em seguida, aparecem Emirados Árabes Unidos (US$ 497,2 milhões, 9,7%), Estados Unidos (US$ 483,5 milhões, 9,4%), Alemanha (US$ 384,9 milhões, 7,5%) e Países Baixos (US$ 265,1 milhões, 5,2%).

As cooperativas adquiriram insumos, principalmente, da Argentina (compras de US$ 43,2 milhões, 15,2% do total), Alemanha (US$ 36,9 milhões, 13,0%), Rússia (US$ 35,6 milhões, 12,6%), dos Estados Unidos (US$ 24,6 milhões, 8,7%) e do Paraguai (US$ 21,8 milhões, 7,7%).

Acompanhe tudo sobre:ComércioComércio exteriorExportaçõesImportaçõesVendas

Mais de Economia

Pix não será taxado em 2025: entenda as novas regras de monitoramento da Receita Federal

Rui Costa diz que eventos climáticos levaram inflação de 2024 para fora do teto

Em 26 anos do regime de inflação, BC descumpriu a meta em 8; carne, café e gasolina pesaram em 2024

Gasolina, café, abacate e passagens áreas: quais produtos ficaram mais caros e mais baratos em 2024