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Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h29.
A indústria calçadista também comemora bons resultados no exterior. A receita das exportações de calçados cresceu 15% no primeiro semestre, em comparação com igual período do ano passado, chegando a 844 milhões de dólares. Para a Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), o desempenho sustenta a previsão de que as vendas para o exterior aumentarão também 15% neste ano.
Em 2003, as exportações renderam ao setor um total de 1,549 bilhão de dólares. A cifra foi 7% maior que a de 2002. "Quando fixamos a meta de aumentar em 15% as exportações neste ano, era um número audacioso, já que 2003 não foi um ano forte", disse o presidente da Abicalçados, Élcio Jacometti. Foram exportados um total de 188,676 milhões de pares de sapatos no ano passado, contra 164 milhões de pares em 2002.
A recuperação econômica da Argentina contribuiu para o bom desempenho das vendas do Brasil. Entre janeiro e maio (últimas informações detalhadas), os argentinos compraram 34,222 milhões de dólares em calçados, o equivalente a 4,8% do total exportado no período. A quantia equivale a uma média mensal de 6,844 milhões de dólares, 13,7% maior que a média mensal do ano passado, 6,019 milhões. Em 2003, a Argentina importou um total de 72,23 milhões de dólares em calçados brasileiros. Os Estados Unidos seguem como os maiores compradores dos produtos brasileiros. No mesmo período, conforme a Abicalçados, os americanos responderam por 58% das exportações, o que equivaleu a 409,519 milhões de dólares.
Redução de ICMS
Jacometti participou, nesta terça-feira (13/7), da abertura da 36ª Feira Internacional de Calçados, Acessórios de Moda, Máquina e Componentes, em São Paulo. Também na abertura do evento, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, assinou um decreto reduzindo o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) dos artefatos de couro, como bolsas, cintos e carteiras. A alíquota, que era de 18%, foi reduzida para 12%. A medida será publicada amanhã no Diário Oficial do Estado. Em setembro do ano passado, São Paulo já havia reduzido o ICMS dos calçados, também de 18% para 12%.
A redução não vale para as vendas ao consumidor final de calçados, mas apenas para as indústrias. "A medida é para que a indústria aumente sua competitividade. A redução de preços ao consumidor final será pequena, porque mantivemos a alíquota para a venda", diz Alckmin. O governador justificou a decisão, argumentando que o estado possui três fortes pólos calçadistas: Franca, Jaú e Birigüi. "Este é um dos setores que mais geram empregos e renda."