Exportações da China se recuperam, mas cenário é incerto
Dados mostram que o valor das exportações chinesas cresceu 14,1%, superando as expectativas de analistas
Da Redação
Publicado em 10 de janeiro de 2013 às 07h30.
Pequim - As exportações da China registraram em dezembro o maior crescimento em sete meses, após sete trimestres consecutivos de desaceleração, mas a fraca demanda global indica que não será uma recuperação duradoura.
As incertezas no cenário comercial contrastam com dados que mostraram resistência na demanda doméstica por empréstimos. Essa seria mais uma evidência de que a segunda maior economia do mundo recuperou-se na direção de uma expansão de 8 por cento no último trimestre de 2012 graças à forte demanda doméstica.
A expansão da atividade pode tranquilizar os novos líderes da China após uma transição de poder no Partido Comunista em novembro, e segue-se a uma série de medidas para estimular o crescimento econômico, que deve registrar a menor taxa anual desde 1999.
Dados do comércio exterior divulgados nesta quinta-feira mostraram que o valor das exportações chinesas cresceu 14,1 por cento no último mês comparado com o ano anterior, superando as expectativas de analistas consultados pela Reuters, que esperavam uma taxa de 4 por cento.
Economistas disseram que a aceleração no ritmo das vendas ao exterior deve-se a fatores que não sugerem recuperação sustentável: base de comparação muito baixa em 2011 e os exportadores estarem se desfazendo de encomendas de fim de ano.
O escritório da alfândega chinesa, responsável pela divulgação das informações, concordou. "O comércio da China ainda enfrenta incertezas em 2013", disse Zheng Yusheng, porta-voz do escritório da alfândega. "Mas acreditamos que a situação comercial será relativamente melhor na comparação com 2012." O valor das importações cresceu 6 por cento em dezembro sobre 2011, também superando estimativa de 3 por cento do mercado.
Em 2012, a China deve ter registrado superávit em conta corrente de 3 por cento do Produto Interno Bruto, disse Haibin Zhu, economista do JPMorgan. A expectativa para 2013 é que o saldo positivo nas transações correntes deve ficar praticamente estável em 2,9 por cento do PIB.
A aceleração das exportações no fim do ano passado não contribuiu para a China atingir suas metas comerciais. No ano, as vendas cresceram 7,9 por cento e as importações 4,3 por cento, bem abaixo do objetivo de 10 por cento para ambos.
"No fim do ano, os exportadores tendem a responder rapidamente aos aumentos de pedidos do exterior", afirmou Ma Xiaoping, economista do HSBC, em Pequim.
"Se você olhar paara os fundamentos dos Estados Unidos e da Europa, isso pode ser uma alta temporária. Nos próximos anos, esperamos um crescimento das exportações em níveis baixos, abaixo de 10 por cento em 2013."
Pequim - As exportações da China registraram em dezembro o maior crescimento em sete meses, após sete trimestres consecutivos de desaceleração, mas a fraca demanda global indica que não será uma recuperação duradoura.
As incertezas no cenário comercial contrastam com dados que mostraram resistência na demanda doméstica por empréstimos. Essa seria mais uma evidência de que a segunda maior economia do mundo recuperou-se na direção de uma expansão de 8 por cento no último trimestre de 2012 graças à forte demanda doméstica.
A expansão da atividade pode tranquilizar os novos líderes da China após uma transição de poder no Partido Comunista em novembro, e segue-se a uma série de medidas para estimular o crescimento econômico, que deve registrar a menor taxa anual desde 1999.
Dados do comércio exterior divulgados nesta quinta-feira mostraram que o valor das exportações chinesas cresceu 14,1 por cento no último mês comparado com o ano anterior, superando as expectativas de analistas consultados pela Reuters, que esperavam uma taxa de 4 por cento.
Economistas disseram que a aceleração no ritmo das vendas ao exterior deve-se a fatores que não sugerem recuperação sustentável: base de comparação muito baixa em 2011 e os exportadores estarem se desfazendo de encomendas de fim de ano.
O escritório da alfândega chinesa, responsável pela divulgação das informações, concordou. "O comércio da China ainda enfrenta incertezas em 2013", disse Zheng Yusheng, porta-voz do escritório da alfândega. "Mas acreditamos que a situação comercial será relativamente melhor na comparação com 2012." O valor das importações cresceu 6 por cento em dezembro sobre 2011, também superando estimativa de 3 por cento do mercado.
Em 2012, a China deve ter registrado superávit em conta corrente de 3 por cento do Produto Interno Bruto, disse Haibin Zhu, economista do JPMorgan. A expectativa para 2013 é que o saldo positivo nas transações correntes deve ficar praticamente estável em 2,9 por cento do PIB.
A aceleração das exportações no fim do ano passado não contribuiu para a China atingir suas metas comerciais. No ano, as vendas cresceram 7,9 por cento e as importações 4,3 por cento, bem abaixo do objetivo de 10 por cento para ambos.
"No fim do ano, os exportadores tendem a responder rapidamente aos aumentos de pedidos do exterior", afirmou Ma Xiaoping, economista do HSBC, em Pequim.
"Se você olhar paara os fundamentos dos Estados Unidos e da Europa, isso pode ser uma alta temporária. Nos próximos anos, esperamos um crescimento das exportações em níveis baixos, abaixo de 10 por cento em 2013."