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Exportações brasileiras de carne e açúcar caem em junho

Por problemas de transporte, algumas exportações de commodities foram prejudicadas após 11 dias de protestos dos caminhoneiros

Exportações de açúcar caíram em quase 1 milhão de toneladas ante junho de 2017 (Rodolfo Buhrer/Reuters)
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Reuters

Publicado em 3 de julho de 2018 às 20h14.

São Paulo/Brasília - As exportações brasileiras de carnes e açúcar bruto em junho tiveram uma queda acentuada ante o ano passado, enquanto os embarques de soja e café verde aumentaram, mostraram dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços nesta terça-feira.

A exportações de açúcar caíram em quase 1 milhão de toneladas ante junho de 2017, com usinas segurando as vendas enquanto os preços da commodity estão nos menores níveis em anos. As usinas também estão impulsionando a produção de etanol, para tirar vantagem da diferença de preços favorável frente à gasolina no mercado doméstico.

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Algumas exportações de commodities foram prejudicadas em junho por problemas de transporte, depois dos 11 dias de protestos de caminhoneiros que começaram no fim de maio e obstruíram importantes rodovias pelo país.

As exportações de carnes estão entre as mais atingidas, com os volumes diminuindo cerca de 40% ante um ano atrás. Além da greve dos caminhoneiros, o setor sofreu com as proibições de importação sobre a carne de frango brasileira por importantes parceiros comerciais, como a União Europeia.

"Nós ainda tivemos o impacto dos protestos nos primeiros dias de junho", disse o secretário de Comércio Exterior, Abrão Neto.

Ele afirmou que os envios de carne foram particularmente atingidos. Dados do governo mostram que as exportações de frango caíram 17% na primeira metade deste ano em comparação com o mesmo período em 2017.

Ainda assim, cooperativas e comerciantes de commodities conseguiram manter em alta os embarques de soja, mesmo após a máxima histórica de 12,35 milhões de toneladas de maio. As exportações de junho, de 10,42 milhões de toneladas, representam uma alta de 13 por cento ante o mesmo mês em 2017.

Os envios de milho, entretanto, tiveram forte retração, para cerca de 140 mil toneladas, ante mais de 500 mil toneladas embarcadas há um ano. O plantio da maior safra de milho brasileira, a chamada segunda safra, ou milho de inverno, foi atrasado neste ano pelo tempo adverso, o que provavelmente adiou o movimento de exportação do milho.

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