As exportações brasileiras de carne suína devem crescer 20% em 2003 com a conquista de novos mercados. A previsão é de Cláudio Martins, diretor executivo da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs). De janeiro a agosto, o Brasil exportou 317.607 toneladas, o que resultou em um crescimento de 12% na receita cambial, que movimentou US$ 327,5 milhões. Já o preço médio por tonelada do produto teve queda de 4,5%, ficando em US$ 1.031.

No acumulado de janeiro a agosto, as exportações de carne suína apresentaram um aumento de 17% no volume, se comparado com o mesmo período no ano passado, apesar de o mês de agosto ter registrado uma queda de 6% no volume de exportações, com 42.874 toneladas. A Rússia ainda é o principal comprador, sendo responsável por 80% das exportações.

Exportação e importação de carne

O Brasil retomou, a partir desta quarta-feira (18/9), as importações de leite em pó, queijo e outros subprodutos de origem animal da Argentina. As compras foram suspensas na semana passada, após confirmação, por autoridades daquele país, de um foco de febre aftosa registrado na província de Salta, próximo à fronteira com a Bolívia. A nova decisão brasileira foi confirmada pelo Ministério da Agricultura. Continuam proibidas a entrada, no Brasil, de animais vivos, carne com osso e carne desossada e maturada da Argentina.

No período de janeiro a agosto deste ano, o Brasil tornou-se o maior exportador mundial de carnes, superando os Estados Unidos e a Austrália. Nos primeiros oito meses deste ano, o país exportou 820 mil toneladas e faturou US$ 875,3 milhões. O total de carne exportada pelo país no período foi 40,5% superior ao total negociado no mesmo período do ano passado, que foi de 583,6 mil toneladas. Os dados foram divulgados há pouco pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, que projeta, até o final do ano, exportações de 1,4 milhão de toneladas de carne. As informações são da Agência Brasil.