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Expansão do PIB dos EUA acelera, mas abaixo do esperado

Produto Interno Bruto (PIB) expandiu a uma taxa anual de 2,5 por cento, informou o Departamento de Comércio

Bandeira dos Estados Unidos é vista em frente ao Senado americano: resultado não correspondeu às expectativas dos economistas de uma alta de 3% (Alex Wong/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 26 de abril de 2013 às 11h17.

Washington - O crescimento econômico dos Estados Unidos retomou a força no primeiro trimestre, embora não tanto quanto esperado, o que pode aumentar os temores de que a já enfraquecida economia pode ter dificuldades para lidar com os cortes de gastos do governos e os impostos mais altos.

O Produto Interno Bruto (PIB) expandiu a uma taxa anual de 2,5 por cento, informou o Departamento de Comércio nesta sexta-feira, depois de o crescimento quase ter estagnado em 0,4 por cento no quarto trimestre. O resultado, entretanto, não correspondeu às expectativas dos economistas de uma alta de 3 por cento.

"Não foi o início forte de ano que esperávamos, e os sinais de março sugerem que só vamos desacelerar a partir daqui até o trimestre da primavera (no hemisfério norte)", disse o economista-chefe do CIBC World Markets Economics, Avery Shenfeld.

Parte da aceleração na atividade refletiu o abastecimento dos silos pelos produtores agrícolas, depois que uma seca no último verão dizimou as safras. Excluindo os estoques, a taxa de crescimento foi de 1,5 por cento.

Embora o gasto do consumidor tenha aumentado de forma sólida, ele aconteceu aos custos da poupança, o que não é bom para o crescimento futuro.

O relatório do PIB também pode dar munição para o Federal Reserve, banco central do país, manter seu estímulo monetário. A expectativa é de que o Fed, que se reúne na próxima semana, mantenha a compra de títulos a um ritmo de 85 bilhões de dólares por mês.

"Eles vão reduzir a avaliação econômica. O segundo trimestre está mais perto de 1 por cento", disse o economista-sênior do RBC Capital Markets Jacob Oubina.


Dados que vão do emprego a vendas no varejo e indústria enfraqueceram substancialmente em março, após ganhos robustos nos dois primeiros meses do ano. Há indicadores de que a fraqueza persistiu em abril.

Ganhos

O relatório do PIB mostrou contribuições ao crescimento vindas de todas as áreas da economia, com a exceção do governo, comércio e investimento da empresas em escritórios e outros estabelecimentos comerciais.

Os gastos do consumidor, que respondem por mais de dois terços da atividade econômica dos EUA, aumentaram a uma taxa de 3,2 por cento --a mais rápida desde o quarto trimestre de 2010. Os gastos cresceram a uma taxa de 1,8 por cento no quarto trimestre do ano passado.

Entretanto, as famílias reduziram a poupança para financiar suas compras, depois que a renda caiu a uma taxa de 5,3 por cento no primeiro trimestre. A queda na renda foi a maior desde o terceiro trimestre de 2009.

A taxa de poupança --percentagem que renda disponível que as famílias estão guardando-- caiu para 2,6 por cento, a menor desde o quarto trimestre de 2007, ante 4,7 por cento no quarto trimestre de 2012.

A maior parte dos ganhos nos gastos do primeiro trimestre veio de compras de automóveis e despesas com serviços públicos, impulsionadas pelas temperaturas frias incomuns. Os consumidores conseguiram elevar seus gastos apesar do retorno de um imposto de 2 por cento sobre as folhas de pagamentos e preços mais altos de gasolina.

Os gastos empresariais em equipamentos e software desaceleraram com força, crescendo a uma taxa de apenas 3,0 por cento após um forte ritmo de 11,8 por cento no quarto trimestre.

Atualizado às 11h17min

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"Não foi o início forte de ano que esperávamos, e os sinais de março sugerem que só vamos desacelerar a partir daqui até o trimestre da primavera (no hemisfério norte)", disse o economista-chefe do CIBC World Markets Economics, Avery Shenfeld.

Parte da aceleração na atividade refletiu o abastecimento dos silos pelos produtores agrícolas, depois que uma seca no último verão dizimou as safras. Excluindo os estoques, a taxa de crescimento foi de 1,5 por cento.

Embora o gasto do consumidor tenha aumentado de forma sólida, ele aconteceu aos custos da poupança, o que não é bom para o crescimento futuro.

O relatório do PIB também pode dar munição para o Federal Reserve, banco central do país, manter seu estímulo monetário. A expectativa é de que o Fed, que se reúne na próxima semana, mantenha a compra de títulos a um ritmo de 85 bilhões de dólares por mês.

"Eles vão reduzir a avaliação econômica. O segundo trimestre está mais perto de 1 por cento", disse o economista-sênior do RBC Capital Markets Jacob Oubina.


Dados que vão do emprego a vendas no varejo e indústria enfraqueceram substancialmente em março, após ganhos robustos nos dois primeiros meses do ano. Há indicadores de que a fraqueza persistiu em abril.

Ganhos

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Os gastos do consumidor, que respondem por mais de dois terços da atividade econômica dos EUA, aumentaram a uma taxa de 3,2 por cento --a mais rápida desde o quarto trimestre de 2010. Os gastos cresceram a uma taxa de 1,8 por cento no quarto trimestre do ano passado.

Entretanto, as famílias reduziram a poupança para financiar suas compras, depois que a renda caiu a uma taxa de 5,3 por cento no primeiro trimestre. A queda na renda foi a maior desde o terceiro trimestre de 2009.

A taxa de poupança --percentagem que renda disponível que as famílias estão guardando-- caiu para 2,6 por cento, a menor desde o quarto trimestre de 2007, ante 4,7 por cento no quarto trimestre de 2012.

A maior parte dos ganhos nos gastos do primeiro trimestre veio de compras de automóveis e despesas com serviços públicos, impulsionadas pelas temperaturas frias incomuns. Os consumidores conseguiram elevar seus gastos apesar do retorno de um imposto de 2 por cento sobre as folhas de pagamentos e preços mais altos de gasolina.

Os gastos empresariais em equipamentos e software desaceleraram com força, crescendo a uma taxa de apenas 3,0 por cento após um forte ritmo de 11,8 por cento no quarto trimestre.

Atualizado às 11h17min

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