Liquidação em uma loja de cidade francesa: inflação na Eurozona caiu em janeiro a 0,7% (Jean-Christophe Verhaegen/AFP)
Da Redação
Publicado em 31 de janeiro de 2014 às 11h52.
Bruxelas - O desemprego na Eurozona permaneceu estável em dezembro, em 12% da população ativa, um nível ainda elevado, enquanto a inflação registrou uma leve queda, o que voltou a despertar o temor de deflação.
A taxa de desemprego permanece estável desde outubro na zona do euro. No total, 19,01 milhões de pessoas estavam sem trabalho em dezembro, 129.000 a menos que em novembro, segundo a agência de estatísticas europeia, Eurostat.
Para o conjunto da União Europeia (UE), o desemprego caiu a 10,7%, contra 10,8% em novembro.
Entre os menores de 25 anos, o desemprego caiu 23,8% na Eurozona, contra 24% em novembro. No conjunto da UE passou de 23,4% em novembro a 23,2% em dezembro.
A Espanha, ao lado da Grécia, lidera o grupo de países com maior índice de desemprego, com 25,8% em dezembro, contra 26,3% um ano antes.
A Espanha, quarta economia da Eurozona, tinha em dezembro 5,8 milhões de pessoas sem trabalho.
Entre os menores de 25 anos, a taxa caiu para 54,3%, contra 55,2% no mês anterior.
A Grécia tinha índice de desemprego de 27,8% em outubro, último mês com dados disponíveis, segundo a Eurostat.
Entre os menores de 25 anos a taxa subiu de 56,8% em setembro para 59,2% em outubro.
Áustria (4,9%), Alemanha (5,1%) e Luxemburgo (6,2%) são os países com menor taxa de desemprego.
Para o conjunto da União Europeia, a taxa de desemprego passou de 10,8% em novembro a 10,7% em dezembro, com 26,2 milhões em busca de trabalho.
Como comparação, o índice de desemprego nos Estados Unidos foi de 6,7% em dezembro e de 7% em novembro.
Ao mesmo tempo, a inflação na Eurozona caiu em janeiro a 0,7%, segundo as primeiras estimativas da Eurostat, depois de registrar uma leve desaceleração na comparação com o resultado de 0,8% de dezembro.
A inflação volta ao mesmo patamar de outubro, o que provoca mais uma vez o temor de deflação na zona da moeda única.
Em novembro, a inflação foi de 0,9%, mas há meses está abaixo da meta do Banco Central Europeu (BCE) de 2% em média.
A desaceleração da inflação é provocada principalmente pela queda dos preços da energia - média de 1,2% - , tendência que não muda desde agosto.
O desemprego e a estimativa da inflação para janeiro devem aumentar as pressões sobre o BCE, que terá uma reunião na próxima quinta-feira.
Os economistas destacam que o alto nível de desemprego, que ameaça reduzir os salários, associado a uma recuperação econômica frágil e uma queda nos preços colocam novamente no centro do debate o temor de uma deflação.
A deflação é um fenômeno nocivo para o dinamismo da economia, já que adia as decisões de compra - com a expectativa de continuidade dos preços continuem baixando - e desestimula assim os investimentos.