Economia

Europa só volta ao normal em 2016, diz Citi

Relatório do banco diz que Zona do Euro vai enfrentar pelo menos mais dois anos de recessão

Banco alterou previsão de encolhimento da economia da zona do euro de 1,2% para 1,5% (Thomas Coex/AFP)

Banco alterou previsão de encolhimento da economia da zona do euro de 1,2% para 1,5% (Thomas Coex/AFP)

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Da Redação

Publicado em 19 de janeiro de 2012 às 17h09.

São Paulo – Relatório divulgado hoje pelo banco Citi afirma que a zona do euro tem pelo menos mais dois anos sombrios pela frente. Em 2012 e 2013 o bloco ainda vai enfrentar os efeitos da recessão. E de acordo com os analistas, o crescimento econômico na região só vai voltar aos níveis pré-crise em 2016.

O banco diz que alterou suas previsões para o PIB do bloco diante do anúncio de mais pacotes de austeridade e do enfraquecimento do sistema bancário. A projeção era de um encolhimento de 1,2% em 2012, mas passou a 1,5%. Em 2013 era esperada retração de 0,2%, mas a revisão levou o número a 0,4%.

Para os Estados Unidos, o horizonte é bem mais otimista. Segundo o relatório do Citi, a expectativa é de um crescimento sustentado da economia do país em 2012, chegando a 2% no fim do ano.

Apesar das condições financeiras ainda frágeis, “a melhora gradual do mercado de trabalho e a resistência que a economia norte-americana mostrou frente aos choques negativos originaram possibilidades de recuperação”, diz o relatório.

Brasil

As previsões do Citi para o Brasil ficam dentro do que já é esperado pelo mercado. Crescimento em torno de 3% em 2012, e uma inflação em queda, embora acima do centro da meta. O banco estima que o IPCA ficará em 5,3% neste ano, e 5,0% em 2013.

“O baixo preço das commodities e o crescimento suave da economia ajudarão o Brasil a reduzir seu índice de preços ao consumidor”, afirma o estudo. Segundo o Citi, estes fatores somados à crise externa, ajudarão o governo a continuar baixando a taxa básica de juro, até chegar a 9,5% em abril.

Outro ciclo de alta nos juros é esperado apenas no começo de 2011, quando a Selic deve se aproximar de novo dos 11% ao ano.

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