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Europa admite que economias do G20 não atingirão meta

As economias do G20 concordaram em 2014 em impulsionar o crescimento em suas economias em pelo menos 2 por cento a mais em 5 anos

União Europeia: ministros das Finanças já veem baixo crescimento (Georges Gobet/AFP)
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Reuters

Publicado em 8 de abril de 2017 às 11h58.

Valleta - Ministros das Finanças da União Europeia admitiram neste sábado que as 20 maiores economias do mundo ( G20 ) não atingirão meta de gerar crescimento adicional através de reformas até 2018 e pediu reflexões sobre porque eles falharam.

As economias do G20 concordaram em 2014 em impulsionar o crescimento em suas economias em pelo menos 2 por cento a mais em 5 anos através de reformas, somando mais de 2 trilhões de dólares à economia global e criando milhares de empregos.

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"Parece provável que não iremos alcançar nossa ambição de crescimento 2 em 5 até 2018", disse um documento de termos de referência aprovado pelos ministros das Finanças da UE para a próxima reunião de líderes financeiros do G20, que acontecerá em 20 e 21 de abril em Washington.

"Nós deveríamos refletir na comunicação apropriada sobre nosso objetivo 2 em 5 e construir uma avaliação em conjunto e um entendimento sobre os motivos pelos quais não atingimos completamente", disse o documento, obtido pela Reuters.

"Também é vital acelerar a implementação de reformas estruturais e de investimento em infraestrutura produtiva", disse.

Delegações da UE para a reunião do G20 em Washington também irão reiterar que o G20 "deve evitar todas as formas de protecionismo, apoiar o acordo de Paris sobre mudança climática, o trabalho sobre finanças verdes e a abordagem multilateral sobre taxação e regulamentação financeira", revelou o documento.

A declaração, ainda que padrão em reuniões anteriores do G20 e comunicados, se tornou problemática desde que Donald Trump se tornou o presidente dos Estados Unidos no ano passado.

Em reunião em março na cidade alemã de Baden Baden, ministros das Finanças do G20 abandonaram a promessa de manter o comércio global livre e aberto, cedendo a um Estados Unidos cada vez mais protecionista.

Rompendo a tradição de uma década de apoiar o livre comércio, o G20 fez apenas uma referência simbólica ao comércio em seu comunicado em uma clara derrota para a anfitriã Alemanha, que lutou contra tentativas do novo governo norte-americano de diluir compromissos passados.

Os líderes financeiros do grupo também removeram de seu comunicado uma promessa de financiar a luta contra as mudanças climáticas, em um resultado antecipado após Trump chamar o aquecimento global de "engano".

 

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