Economia

Eurogroup define plano de 30 bilhões de euros à Grécia

Bruxelas e Atenas - Os ministros das Finanças da zona do euro aprovaram por unanimidade no domingo um mecanismo de ajuda emergencial de 30 bilhões de euros à Grécia, mas enfatizaram que o país não solicitou que o plano seja ativado agora. Em uma teleconferência, os ministros de 16 nações que compartilham a moeda única […]

Jean-Claude Juncker, à frente das Finanças da UE: ajuda de 30 bilhões de euros à Grécia a 5% (.)

Jean-Claude Juncker, à frente das Finanças da UE: ajuda de 30 bilhões de euros à Grécia a 5% (.)

DR

Da Redação

Publicado em 11 de abril de 2010 às 14h38.

Bruxelas e Atenas - Os ministros das Finanças da zona do euro aprovaram por unanimidade no domingo um mecanismo de ajuda emergencial de 30 bilhões de euros à Grécia, mas enfatizaram que o país não solicitou que o plano seja ativado agora.

Em uma teleconferência, os ministros de 16 nações que compartilham a moeda única apoiaram um plano para Atenas emprestar dos governos da zona do euro e do Fundo Monetário Internacional a taxas muito abaixo das de mercado se os fundos do mercado secar.

A Grécia receberia 30 milhões de euros no primeiro ano de todos os países da zona do euro em empréstimos bilaterais coordenados pela Comissão Europeia e pagos através do Banco Central Europeu.

"Se o mecanismo tiver que ser ativado, não seria uma violação da cláusula de não-resgate (no tratado da União Europeia), já que os empréstimos são retornáveis e não contêm nenhum elemento de subsídio", informou Jean-Claude Juncker, chefe do Eurogroup, em entrevista coletiva em Bruxelas após o encontro ministerial.

O comissário europeu de Assuntos Econômicos e Monetários Olli Rehn disse que os empréstimos da zona do euro terão uma taxa de juro de cerca de 5 por cento -- muito abaixo das atuais taxas de mercado de mais de 7 por cento.

O tamanho da contribuição do FMI a qualquer pacote não foi revelado, mas seria superior à quantidade da zona do euro. Os países da zona do euro pagariam em proporção à sua participação no capital do BC europeu. As conversas sobre a coordenação com o FMI terão início na segunda-feira, disse Rehn.

O acordo era urgentemente aguardado porque a Grécia deve leiloar débitos de curto prazo na terça-feira. Na semana passada, investidores elevaram os custos de empréstimos gregos por conta dos temores de um possível calote e dúvidas sobre a rede de segurança da União Europeia.

O primeiro-ministro grego, George Papandreou, deixou claro em uma entrevista a um jornal que detalhar o plano de resgate era um último e desesperado esforço para deter a especulação contra seu país.

"Permanece a dúvida sobre se esse mecanismo irá convencer os mercados...Se não os convencer, é um mecanismo que está ali para ser usado", disse ele no domingo ao diário To Vima.

Foi a menção mais explícita que um líder grego fez sobre a possibilidade de solicitar ajuda. Anteriormente, Papandreou e o ministro das Finanças George Papaconstantinou insistiram que a Grécia não estava pedindo e não pediria assistência.

"O objetivo do país é continuar a pedir emprestado aos poucos dos mercados, com condições melhores do que as atuais", disse Papaconstantinou ao dominical Realnews.

Acompanhe tudo sobre:Crise gregaCrises em empresasEmpréstimosEuropaGréciaPiigsUnião Europeia

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor