EUA suspendem importação de carne in natura do Brasil
A suspensão do Departamento de Agricultura dos EUA vai continuar até que o Ministério da Agricultura do Brasil tome medidas sanitárias corretivas
Estadão Conteúdo
Publicado em 22 de junho de 2017 às 19h37.
Última atualização em 22 de junho de 2017 às 20h57.
Washington - O secretário de Agricultura dos EUA , Sonny Perdue, anunciou nesta quinta-feira, 22, a suspensão de todas as importações de carne bovina in natura do Brasil, por causa de preocupações recorrentes em relação à segurança do produto destinado ao mercado norte-americano.
A suspensão ficará em vigor até que o Ministério da Agricultura do Brasil adote medidas que o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) considere satisfatórias.
Desde março, o Serviço de Segurança Alimentar e Inspeção (FSIS) do USDA inspecionou 100% da carne in natura vinda do Brasil, e rejeitou 11% desses produtos.
O número é bem maior do que a taxa média de rejeição de 1% para a carne importada de outros países, disse o USDA.
Desde o início das inspeções mais rigorosas, foram rejeitados 106 lotes de produtos de carne bovina do Brasil, devido a preocupações de saúde pública, condições sanitárias e questões de saúde animal. O USDA ressaltou que nenhum dos lotes rejeitados entrou no mercado norte-americano.
O governo brasileiro já tinha anunciado na terça-feira a suspensão das exportações da proteína animal de cinco frigoríficos brasileiros para os EUA.
A decisão anunciada hoje pelo USDA se sobrepõe à decisão do governo brasileiro.
"Garantir a segurança da oferta de alimentos de nossa nação é uma de nossas missões cruciais, e nos a levamos muito a sério", disse Perdue em comunicado.
"Embora o comércio internacional seja uma parte importante do que fazemos no USDA, e o Brasil seja um antigo parceiro, minha maior prioridade é proteger os consumidores americanos. É isso que fizemos ao proibir a importação de carne bovina in natura do Brasil."