Economia

EUA querem "resultado rápido" em negociação com a China, diz assessor

O assessor econômico da Casa Branca afirmou que não sabe dizer se é possível que os EUA atrasem a imposição de tarifas

TRUMP E XI: os Estados Unidos estão chamando a China de manipuladora cambial porque ela parou de intervir para manter a moeda dela alta / REUTERS | Damir Sagolj (Damir Sagolji/Reuters)

TRUMP E XI: os Estados Unidos estão chamando a China de manipuladora cambial porque ela parou de intervir para manter a moeda dela alta / REUTERS | Damir Sagolj (Damir Sagolji/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 6 de setembro de 2019 às 15h12.

Washington — O governo do presidente dos EUA, Donald Trump, quer ver "resultados no curto prazo" das conversações comerciais com a China em setembro e outubro, afirmou nesta sexta-feira o assessor econômico da Casa Branca, Larry Kudlow, mas ele não quis prever algum resultado ou dizer se é possível que os EUA atrasem a imposição de tarifas.

Em entrevista à CNBC e à TV Bloomberg, Kudlow confirmou que negociadores da China e dos Estados Unidos se reunirão no início de outubro, mas acrescentou que não foi acertada ainda uma data específica.

Essas seriam as primeiras discussões presenciais de alto nível desde que uma fracassada reunião sobre comércio entre os dois países no final de julho levou o presidente dos EUA, Donald Trump, a prosseguir com novas tarifas sobre praticamente todas as importações chinesas até então intactas pela guerra comercial.

Os planos para a primeira reunião presencial desde julho foram acertados durante um telefonema na quinta-feira entre o vice-premiê chinês Liu He, o representante de comércio dos EUA, Robert Lighthizer, e o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin. Representantes menos graduados devem se reunir em meados de setembro.

Kudlow disse à Bloomberg que ele não poderia especular se as negociações poderão prorrogar uma elevação de tarifa de 25% para 30% sobre 250 bilhões de dólares em importações chinesas prevista para entrar em vigor em 1º de outubro.

Segundo Kudlow, Trump já mostrou disposição em usar as tarifas no processo de negociação.

"Queremos ver resultados. Gostaríamos de ver resultados no curto prazo. Quando não vemos resultados, tomamos medidas adicionais", afirmou Kudlow. "Por outro lado, se vemos resultados dessas reuniões que estão por vir, então haverá progresso."

Kudlow disse que não havia condicionantes para as negociações de outubro.

À CNBC, Kudlow afirmou que as negociações entre autoridades norte-americanas e chinesas podem "esquentar" durante as reuniões de outubro.

"As principais autoridades se reunirão no início de outubro. (Autoridades menos seniores) se reunirão em algumas semanas. Portanto, não posso prever um resultado, não estou aqui para fazer isso. Tudo o que estou dizendo é que as negociações continuam. Você pode dizer que elas vão esquentar quando a equipe chinesa chegar aqui", disse Kudlow em entrevista à CNBC.

Acompanhe tudo sobre:ChinaEstados Unidos (EUA)Guerras comerciais

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor