Economia

EUA não aplicarão tarifas ao aço e alumínio da Argentina, diz chanceler

Felipe Solá garantiu que as empresas argentinas do setor já foram informadas sobre a decisão do governo dos Estados Unidos

Felipe Solá: ministro das Relações Exteriores da Argentina disse que país latino não está em nova lista de países que serão punidos pelos Estados Unidos (Ricardo Ceppi/Getty Images)

Felipe Solá: ministro das Relações Exteriores da Argentina disse que país latino não está em nova lista de países que serão punidos pelos Estados Unidos (Ricardo Ceppi/Getty Images)

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EFE

Publicado em 26 de janeiro de 2020 às 15h02.

Buenos Aires - O ministro das Relações Exteriores da Argentina, Felipe Solá, garantiu neste domingo que os Estados Unidos não aplicarão as tarifas ao aço e ao alumínio do país, apesar do anúncio feito pelo presidente americano, Donald Trump, quase dois meses atrás.

"Acabamos de saber termos sido deixadas de lado, no bom sentido, por uma comunicação interna da Presidência, sobre esse tema. Saiu uma nova lista de países que seriam punidos, e a Argentina não está nela", disse o chanceler, em entrevista à emissora local "Radio 10".

Argentina e Brasil tinham sido isentos pelos EUA de taxação do aço de 25% e do alumínio de 10%, que foi imposto aos principais sócios comerciais em maio de 2018. Em 2 de dezembro deste ano, Trump surpreendeu, com o restabelecimento das cobranças.

A justificativa do presidente americano era pela desvalorização das moedas dos dois países sul-americanos, que estaria prejudicando os produtores rurais dos Estados Unidos.

Jair Bolsonaro, duas semanas depois do anúncio de Trump, garantiu que havia conseguido, após conversa por telefone, o restabelecimento dos impostos ao aço e ao alumínio brasileiros. A Argentina, no entanto, ainda aguardava confirmação se também ficaria isenta.

Solá, em entrevista, garantiu que as empresas argentinas do setor já foram informadas sobre a decisão do governo dos Estados Unidos. As ações da companhia Aluar, maior produtora de alumínio do país, que exporta quase a metade da produção para os EUA, teve valorização de ações em 12,07%. EFE

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