Economia

EUA: executivo quer revisão da política de biocombustíveis

Representantes da indústria de petróleo dirão ao Congresso que afrouxamento na exigência de uso de combustíveis renováveis ajudaria a estabilizar os preços


	Inspeção de petróleo: apesar de um crescimento na produção doméstica, o preço médio da gasolina comum nos EUA subiu quase 15% ante a semana passada
 (REUTERS/Sergio Moraes)

Inspeção de petróleo: apesar de um crescimento na produção doméstica, o preço médio da gasolina comum nos EUA subiu quase 15% ante a semana passada (REUTERS/Sergio Moraes)

DR

Da Redação

Publicado em 16 de julho de 2013 às 14h24.

Washington - Em meio a uma alta dos preços da gasolina nos EUA pela segunda vez este ano, representantes da indústria de petróleo irão dizer ao Congresso nesta terça-feira que um afrouxamento na exigência de uso de combustíveis renováveis e outras medidas poderiam ajudar a estabilizar os preços.

Apesar de um crescimento na produção doméstica de petróleo, o preço médio da gasolina comum nos EUA subiu quase 15 por cento ante a semana passada, para 3,64 dólares por galão na segunda-feira, de acordo com a Administração de Informações de Energia (AIE).

Embora o comitê de energia do Senado esteja realizando audiências sobre o preço da gasolina há meses, a recente altas nos combustíveis deverá ser um fator central na sessão, que terá depoimento do administrador da AIE Adam Sieminski e do presidente-executivo da refinaria Valero, Bill Klesse.

Klesse dirá na comissão do Senado norte-americano que o preço da gasolina nos postos é afetado por "um complexo conjunto de fatores" como volatilidade no mercado internacional de petróleo, de acordo com o texto que ele preparou para seu discurso.

Ele também irá pedir que os parlamentares garantam que políticas governamentais não tornem mais difícil refinar combustíveis nos Estados Unidos.

A mais recente alta no preço da gasolina nos EUA coincide com uma alta de quase 9 por cento nos custos do petróleo no país ao longo das últimas duas semanas.

Embora a Valero --maior refinaria independente dos EUA-- tenha 10 usinas de etanol, Klesse disse que a política de combustíveis renováveis do governo está afetando preços no mercado de combustíveis refinados.

A política de renováveis (RFS, na sigla em inglês), que exige uma crescente quantidade de biocombustíveis sendo misturada à gasolina e ao diesel, obriga as refinarias a comprarem créditos de biocombustíveis, ou RINs, de produtores de combustíveis renováveis a fim de atender à legislação.

Companhias de petróleo reclamam de uma alta nos custos de RINs este ano, com o país se aproximando de um ponto em que a lei exigirá uso de etanol acima do que pode ser fisicamente misturado à oferta de combustíveis, a 10 por cento por galão.

Um corretor disse que os preços do RIN atingiram um recorde de 1,29 dólar na segunda-feira.

"Isto levou a preços mais altos e uma substancial incerteza no mercado de gasolina", disse Klesse nas anotações para seu discurso. "A RFS precisa ser completamente refeita."

Acompanhe tudo sobre:BiocombustíveisCombustíveisEnergiaEstados Unidos (EUA)Países ricosPetróleo

Mais de Economia

Tesouro adia para 15 de janeiro resultado das contas de novembro

Câmara apresenta justificativa sobre emendas e reitera que Câmara seguiu pareceres do governo

Análise: Inflação preocupa e mercado já espera IPCA de 5% em 2025

Salário mínimo 2025: por que o valor será menor com a mudança de regra