EUA dão 1º passo para importar carne bovina do Brasil
Aapós restrição de 15 anos, os Estados Unidos deram hoje o primeiro passo para liberar a importação de carne bovina fresca ou congelada do Brasil
Da Redação
Publicado em 29 de junho de 2015 às 19h36.
Chicago/Brasília - Os Estados Unidos deram nesta segunda-feira o primeiro passo para liberar a importação de carne bovina fresca ou congelada do Brasil após restrição que durava 15 anos, em medida que poderá, segundo o Ministério da Agricultura, movimentar a exportação de 40 mil toneladas anuais do produto.
Na prática, o Serviço de Inspeção de Sanidade Animal e Vegetal do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) alterou regulamentações para permitir a importação da carne bovina não processada de 14 Estados sob algumas condições específicas que mitiguem o risco de transmissão de febre aftosa.
Para que as exportações efetivamente comecem, o USDA irá avaliar a equivalência dos programas de sanidade do Brasil com os dos EUA, além de um realizar uma auditoria presencial nos sistemas de segurança alimentar do país.
A medida também foi tomada com relação à carne in natura da Argentina. Segundo a secretária de Relações Internacionais do Agronegócio do ministério, Tatiana Lipovetskaia Palermo, a expectativa é que frigoríficos brasileiros ganhem aval para exportar carne in natura para os EUA a partir de agosto. Atualmente, o Brasil exporta apenas carne processada para o mercado norte-americano.
"Nós não temos limitações em questão de número de frigoríficos. Todos que atenderem aos requisitos serão habilitados a partir dessa missão de inspeção", afirmou.
A liberação foi dada aos Estados da Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, São Paulo, Sergipe e Tocantins, além do Distrito Federal. De acordo com o Ministério da Agricultura, esses Estados respondem por 95 por cento da agroindústria exportadora brasileira.
Com a medida, o potencial de exportação para os EUA é de 40 mil toneladas anuais de carne in natura, disse Tatiana, sendo que a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) estima que esse volume poderá chegar a 100 mil toneladas anuais em cinco anos.
"Não vai ser um dos nossos maiores mercados, mas como os Estados Unidos são um país rígido em termos de sua legislação sanitária e fitossanitária, isso nos abre portas de outros mercados, os mercados que têm os EUA como referência", disse.
Maior comprador de carne brasileira, Hong Kong, por exemplo, já importou 144 mil toneladas do país no acumulado de janeiro a maio.
MOMENTO
Também neste mês a Argentina derrubou o embargo à carne bovina brasileira.
A China, por sua vez, habilitou em maio oito frigoríficos do país para exportação de carne bovina, suspensos desde um embargo imposto pelo país asiático em dezembro de 2012.
Em nota, a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, afirmou que quer abrir novos mercados para a carne brasileira ao longo do próximo semestre, após considerar que a decisão desta segunda-feira do governo Barack Obama dá "uma senha" para o acesso a demais localidades.
Entre os países ainda fechados para a importação da carne bovina do Brasil estão Japão e Coreia do Sul.
Chicago/Brasília - Os Estados Unidos deram nesta segunda-feira o primeiro passo para liberar a importação de carne bovina fresca ou congelada do Brasil após restrição que durava 15 anos, em medida que poderá, segundo o Ministério da Agricultura, movimentar a exportação de 40 mil toneladas anuais do produto.
Na prática, o Serviço de Inspeção de Sanidade Animal e Vegetal do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) alterou regulamentações para permitir a importação da carne bovina não processada de 14 Estados sob algumas condições específicas que mitiguem o risco de transmissão de febre aftosa.
Para que as exportações efetivamente comecem, o USDA irá avaliar a equivalência dos programas de sanidade do Brasil com os dos EUA, além de um realizar uma auditoria presencial nos sistemas de segurança alimentar do país.
A medida também foi tomada com relação à carne in natura da Argentina. Segundo a secretária de Relações Internacionais do Agronegócio do ministério, Tatiana Lipovetskaia Palermo, a expectativa é que frigoríficos brasileiros ganhem aval para exportar carne in natura para os EUA a partir de agosto. Atualmente, o Brasil exporta apenas carne processada para o mercado norte-americano.
"Nós não temos limitações em questão de número de frigoríficos. Todos que atenderem aos requisitos serão habilitados a partir dessa missão de inspeção", afirmou.
A liberação foi dada aos Estados da Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, São Paulo, Sergipe e Tocantins, além do Distrito Federal. De acordo com o Ministério da Agricultura, esses Estados respondem por 95 por cento da agroindústria exportadora brasileira.
Com a medida, o potencial de exportação para os EUA é de 40 mil toneladas anuais de carne in natura, disse Tatiana, sendo que a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) estima que esse volume poderá chegar a 100 mil toneladas anuais em cinco anos.
"Não vai ser um dos nossos maiores mercados, mas como os Estados Unidos são um país rígido em termos de sua legislação sanitária e fitossanitária, isso nos abre portas de outros mercados, os mercados que têm os EUA como referência", disse.
Maior comprador de carne brasileira, Hong Kong, por exemplo, já importou 144 mil toneladas do país no acumulado de janeiro a maio.
MOMENTO
Também neste mês a Argentina derrubou o embargo à carne bovina brasileira.
A China, por sua vez, habilitou em maio oito frigoríficos do país para exportação de carne bovina, suspensos desde um embargo imposto pelo país asiático em dezembro de 2012.
Em nota, a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, afirmou que quer abrir novos mercados para a carne brasileira ao longo do próximo semestre, após considerar que a decisão desta segunda-feira do governo Barack Obama dá "uma senha" para o acesso a demais localidades.
Entre os países ainda fechados para a importação da carne bovina do Brasil estão Japão e Coreia do Sul.