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Estradas ruins elevam custo de transporte de grãos em 30,5%

Segundo a CNT, as más condições das estradas elevaram o custo operacional do transporte de grãos em R$ 3,8 bilhões

Buraco em estrada: "o montante corresponde ao valor de quase 4 milhões de toneladas de soja", diz estudo da CNT (.)
DR

Da Redação

Publicado em 25 de maio de 2015 às 17h35.

São Paulo - As más condições do pavimento de rodovias brasileiras elevam em 30,5 por cento, ou 3,8 bilhões de reais, o custo operacional do transporte de soja e milho do país, apontou uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira pela Confederação Nacional do Transporte (CNT).

"O montante corresponde ao valor de quase 4 milhões de toneladas de soja ou a 24,4 por cento do investimento público federal em infraestrutura de transporte em 2014", disse o estudo da entidade.

As culturas da soja e do milho representam cerca de 86 por cento da volume total de grãos produzidos no país e contribuem com 43 por cento da pauta de exportações brasileiras, segundo o estudo.

A CNT analisou as rotas de escoamento de 4 regiões produtoras: Centro-Oeste, Paraná, Rio Grande do Sul e Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí, Bahia), coletando dados com transportadores, embarcadores e entidades governamentais e não governamentais relacionadas ao segmento.

A entidade destacou que 65 por cento da soja brasileira é transportada por rodovias, modal mais caro que o ferroviário e o hidroviário, enquanto nos Estados Unidos, principal concorrente do Brasil neste setor, 20 por cento da produção é transportada por rodovias.

A má qualidade das rodovias é considerada problema grave ou muito grave por 85,8 por cento dos embarcadores de grãos do Brasil, enquanto 83,3 por cento deles reclamam da falta de ferrovias no país.

São Paulo -Dos mais de 98,4 mil quilômetros de rodovias espalhadas pelo Brasil, apenas 37,3 mil quilômetros são de boa ou ótima qualidade. Isto significa que 62% das estradas do país - por onde escoam quase toda a produção nacional - são regulares, ruins ou péssimas.O dado é da Pesquisa CNT de Rodovias 2014, feita pela Confederação Nacional de Transporte e divulgada nesta semana. As estradas em pior condição estão na região Norte . Lá, 43,7% dos trechos analisados pela pesquisa foram considerados ruins ou péssimos. No Acre , por exemplo, 63% das estradas estão em situação precária, segundo os critérios do levantamento.  Já os estados da região Sudeste tiveram as estradas mais bem avaliadas. São Paulo é o destaque positivo, com 78,4% de suas rodovias sendo consideradas boas ou ótimas. Veja a seguir como ficou a avaliação das estradas em cada estado:
  • 2. Acre

    2 /28(Divulgação/ CNT)

  • Veja também

    ÓtimoBomRegularRuimPéssimo
    Estradas0,00%4,30%33,84%40,21%21,66%
  • 3. Alagoas

    3 /28(Divulgação/ CNT)

  • ÓtimoBomRegularRuimPéssimo
    Estradas2,38%47,82%27,74%20,74%1,32%
  • 4. Amapá

    4 /28(Divulgação/ CNT)

    ÓtimoBomRegularRuimPéssimo
    Estradas0,00%14,16%52,01%24,52%9,30%
  • 5. Amazonas

    5 /28(Divulgação/ CNT)

    ÓtimoBomRegularRuimPéssimo
    Estradas1,06%5,64%49,73%24,92%18,64%
  • 6. Bahia

    6 /28(Divulgação/ CNT)

    ÓtimoBomRegularRuimPéssimo
    Estradas6,32%31,57%40,66%16,63%4,82%
  • 7. Ceará

    7 /28(Divulgação/ CNT)

    ÓtimoBomRegularRuimPéssimo
    Estradas5,54%18,02%51,35%20,95%4,14%
  • 8. Distrito Federal

    8 /28(Divulgação/ CNT)

    ÓtimoBomRegularRuimPéssimo
    Estradas13,90%35,50%48,90%3,70%0,00%
  • 9. Espírito Santo

    9 /28(Divulgação/ CNT)

    ÓtimoBomRegularRuimPéssimo
    Estradas5,32%34,76%30,71%22,85%6,35%
  • 10. Goiás

    10 /28(Divulgação/ CNT)

    ÓtimoBomRegularRuimPéssimo
    Estradas6,70%30,20%44,50%12,90%5,70%
  • 11. Maranhão

    11 /28(Divulgação/ CNT)

    ÓtimoBomRegularRuimPéssimo
    Estradas1,53%27,67%35,37%16,54%18,90%
  • 12. Mato Grosso

    12 /28(Divulgação/ CNT)

    ÓtimoBomRegularRuimPéssimo
    Estradas2,10%12,60%43,90%32,60%8,80%
  • 13. Mato Grosso do Sul

    13 /28(Divulgação/ CNT)

    ÓtimoBomRegularRuimPéssimo
    Estradas2,80%35,20%47,70%14,10%0,20%
  • 14. Minas Gerais

    14 /28(Divulgação/ CNT)

    ÓtimoBomRegularRuimPéssimo
    Estradas5,42%28,61%40,24%20,51%5,21%
  • 15. Pará

    15 /28(Divulgação/ CNT)

    ÓtimoBomRegularRuimPéssimo
    Estradas1,95%8,47%29,72%40,98%18,89%
  • 16. Paraíba

    16 /28(Divulgação/ CNT)

    ÓtimoBomRegularRuimPéssimo
    Estradas6,01%33,93%32,13%14,65%13,27%
  • 17. Paraná

    17 /28(Divulgação/ CNT)

    ÓtimoBomRegularRuimPéssimo
    Estradas14,42%34,85%33,22%14,07%3,44%
  • 18. Pernambuco

    18 /28(Divulgação/ CNT)

    ÓtimoBomRegularRuimPéssimo
    Estradas1,22%27,52%40,84%16,25%14,16%
  • 19. Piauí

    19 /28(Divulgação/ CNT)

    ÓtimoBomRegularRuimPéssimo
    Estradas3,34%35,56%42,86%14,18%4,06%
  • 20. Rio de Janeiro

    20 /28(CNT/Divulgação)

    ÓtimoBomRegularRuimPéssimo
    Estradas16,78%44,24%23,22%8,98%6,78%
  • 21. Rio Grande do Norte

    21 /28(Divulgação/ CNT)

    ÓtimoBomRegularRuimPéssimo
    Estradas6,61%38,80%28,14%15,41%11,04%
  • 22. Rio Grande do Sul

    22 /28(Divulgação/ CNT)

    ÓtimoBomRegularRuimPéssimo
    Estradas3,64%28,76%52,07%12,31%3,22%
  • 23. Rondônia

    23 /28(Divulgação/ CNT)

    ÓtimoBomRegularRuimPéssimo
    Estradas1,83%32,74%55,69%5,49%4,25%
  • 24. Roraima

    24 /28(Divulgação/ CNT)

    ÓtimoBomRegularRuimPéssimo
    Estradas9,45%18,70%32,25%25,21%14,39%
  • 25. Santa Catarina

    25 /28(Divulgação/ CNT)

    ÓtimoBomRegularRuimPéssimo
    Estradas6,33%33,99%34,31%19,72%5,65%
  • 26. São Paulo

    26 /28(Divulgação/ CNT)

    ÓtimoBomRegularRuimPéssimo
    Estradas55,76%22,71%17,47%3,39%0,67%
  • 27. Sergipe

    27 /28(Divulgação/ CNT)

    ÓtimoBomRegularRuimPéssimo
    Estradas0,00%37,36%28,99%22,79%10,85%
  • 28. Tocantins

    28 /28(Divulgação/ CNT)

    ÓtimoBomRegularRuimPéssimo
    Estradas0,79%20,05%35,21%21,54%22,40%
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