Economia

Estoques de grãos reduzem ameaça de crise alimentar, diz FAO

Segundo a organização, uma mudança brusca no tempo não provoca mais a ameaça de uma crise nos preços de alimentos, com os estoques de grãos recompostos


	Prudução de grãos: "a reserva é grande e problemas inesperados podem ser resolvidos com os estoques", diz a FAO
 (Arquivo/Agência Brasil)

Prudução de grãos: "a reserva é grande e problemas inesperados podem ser resolvidos com os estoques", diz a FAO (Arquivo/Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 8 de junho de 2015 às 19h51.

Londres - Uma mudança brusca no tempo não provoca mais a ameaça de uma crise nos preços de alimentos, com os estoques de grãos recompostos e com governos agora prestando muito mais atenção à agricultura, disse um economista sênior das Nações Unidas em entrevista nesta segunda-feira.

"A reserva é grande e problemas inesperados podem ser resolvidos com os estoques", disse o economista sênior da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), Abdolreza Abbassian.

Secas em importantes países produtores de grãos em 2007/08 e 2010/11 causaram uma forte alta nos preços, levando milhões de pessoas à condição de pobreza, além de disparar protestos e ajudar a derrubar alguns governos.

"Nós fomos de uma situação apertada para condições super amplas... parece que você tem uma boa reserva mesmo para choques de oferta aqui e ali. Nós podemos ter El Niño este ano, por exemplo", disse Abbassian, que está em Londres para a conferência anual do Conselho Internacional de Grãos (IGC, na sigla em inglês).

O padrão climático de El Niño ameaça a produtividade de milho, trigo e arroz em algumas regiões do planeta.

"Um fortalecimento de El Niño alguns anos atrás seria o assunto no mundo inteiro, mas essa não é a mesma situação", acrescentou.

Acompanhe tudo sobre:AlimentaçãoGrãosONUTrigo

Mais de Economia

Lula se reúne hoje com Haddad para receber redação final do pacote de corte de gastos

Economia argentina cai 0,3% em setembro, quarto mês seguido de retração

Governo anuncia bloqueio orçamentário de R$ 6 bilhões para cumprir meta fiscal

Black Friday: é melhor comprar pessoalmente ou online?