Economia

Espanha pode estar perto de sair da recessão

Demanda fraca e novas medidas de austeridade significam que uma recuperação sustentada pode ainda estar distante

Após sinais de melhora na atividade econômica, incluindo a queda do desemprego no segundo trimestre, o ministro da Economia, Luis de Guindos, disse que a recessão chegou ao fim (.)

Após sinais de melhora na atividade econômica, incluindo a queda do desemprego no segundo trimestre, o ministro da Economia, Luis de Guindos, disse que a recessão chegou ao fim (.)

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Da Redação

Publicado em 30 de julho de 2013 às 11h38.

Madri - Os dois anos de contração econômica da Espanha mostraram sinais de chegar a um fim no segundo trimestre, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira, mas a demanda fraca e novas medidas de austeridade significam que uma recuperação sustentada pode ainda estar distante.

O Instituto Nacional de Estatísticas informou que a contração do Produto Interno Bruto (PIB) diminuiu para 0,1 por cento entre abril e junho na comparação com o trimestre anterior, quando a economia encolheu 0,5 por cento.

Após sinais de alguma melhora na atividade econômica, incluindo a primeira queda do desemprego em dois anos no segundo trimestre, o ministro da Economia, Luis de Guindos, disse que a recessão chegou ao fim.

Muitos economistas não estão convencidos disso.

"Não estamos contando com mais melhora no terceiro trimestre e estamos bastante céticos sobre qualquer declaração de que a recessão está perto de acabar", disse o analista do Citi Ebrahim Rahbari.

"Em um ambiente em que há desemprego de mais de 25 por cento, um dado ligeiramente positivo do PIB não significa que a recessão acabou." A melhora no segundo trimestre deveu-se principalmente a fatores temporários, incluindo um primeiro trimestre especialmente fraco e fortes dados comerciais, que incluem o turismo sazonal. O instituto informou que o encolhimento dos gastos domésticos no segundo trimestre foi parcialmente compensado pelas exportações.

A economia da Espanha tem estado em recessão por vários períodos desde 2008, quando o estouro da bolha imobiliária afetou as fundações de um dos principais pilares de crescimento do país, a construção, levando o desemprego a máximas recordes e afetando as empresas e abalando o sistema bancário.

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