Economia

Espanha e Irlanda dispensam ajuda

A partir de 15 de dezembro, os irlandeses não vão mais usar recursos internacionais para reequilibrar suas finanças


	Espanha: país deve deixar de receber ajuda da União Europeia em janeiro
 (©AFP / Philippe Huguen)

Espanha: país deve deixar de receber ajuda da União Europeia em janeiro (©AFP / Philippe Huguen)

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Da Redação

Publicado em 16 de novembro de 2013 às 10h45.

São Paulo - Dois países atingidos em cheio pela crise da zona do euro, a Irlanda e a Espanha sairão da tutela financeira da União Europeia. O anúncio foi feito em Bruxelas no final da noite de quinta-feira por Jeroen Dijsselbloem, coordenador do Eurogrupo, o fórum de ministros de Finanças da Europa.

A partir de 15 de dezembro, os irlandeses não vão mais usar recursos internacionais para reequilibrar suas finanças, retomando sua soberania econômica. Já os espanhóis abandonarão o plano de socorro em janeiro.

A decisão foi a mais importante da reunião do Eurogrupo. O melhor caso de sucesso é o da Irlanda, que recebeu um programa de resgate de € 85 bilhões há três anos. No encontro, o ministro das Finanças, Enda Kenny, informou seus colegas europeus que o país renunciaria à linha de crédito "de precaução" oferecida pela União Europeia, pelo Banco Central Europeu (BCE) e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), retornando ao autofinanciamento.

Ao longo de seu programa de reformas, a Irlanda reorganizou seu sistema financeiro e diminuiu o tamanho do Estado, sem, porém, atender à principal reivindicação da UE: extinguir o imposto de 12% que atraiu ao país grandes conglomerados como Google ou Apple. Além disso, três anos após o socorro o governo irlandês já retornou aos mercados financeiros, vendendo títulos da dívida soberana com juros razoáveis - 3,5%, taxa inferior à cobrada da Itália, da Espanha e do Brasil, por exemplo -, e soma reservas suficientes para garantir sua solvência até o início de 2015, se necessário. "Também estamos aptos a acessar os € 500 bilhões do Mecanismo Europeu de Estabilidade", lembrou o ministro, referindo-se à versão de FMI criada por Bruxelas durante a crise. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. (Andrei Netto, correspondente em Paris)

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