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Espanha avisa Argentina sobre nacionalização da YPF

A vice-presidente e porta-voz do Governo, Soraya Sáenz de Santamaría, disse que ainda não havia sido informada sobre essa decisão do Executivo argentino

O Partido Socialista espanhol (PSOE), o principal da oposição, apoiará o Governo de Mariano Rajoy para poder dar uma "solução satisfatória" neste conflito (Wikimedia Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de abril de 2012 às 13h19.

Madri - O Governo espanhol advertiu nesta sexta-feira o Executivo argentino que tomará todas as medidas possíveis para defender os interesses do país caso a nacionalização da companhia petrolífera YPF, controlada pela Repsol , se concretize.

A vice-presidente e porta-voz do Governo, Soraya Sáenz de Santamaría, disse que ainda não havia sido informada sobre essa decisão do Executivo argentino, mas que se fosse real seria "muito negativa para os interesses espanhóis".

"As medidas não se anunciam, se adotam. Espero que este Governo não tenha que adotá-las, mas, sem nenhuma dúvida, se for preciso fazer, vamos fazer", assegurou a vice-presidente ao ser perguntada sobre o que o Governo de Madri deverá fazer caso a nacionalização da YPF, controlada em 57,4% pela Repsol, seja concluída.

Soraya também disse que o Executivo presidido por Mariano Rajoy "está trabalhando intensamente", embora com discrição, neste assunto desde janeiro. "A obrigação do Governo é defender com todos os instrumentos os interesses geral da Espanha", ressaltou.

Segundo Soraya, a nacionalização da companhia petrolífera não afetaria somente os interesses da Espanha, mas também poderia gerar uma "preocupação em toda comunidade internacional".

O ministro das Relações Exteriores da Espanha, José Manuel García-Margallo, também advertiu Buenos Aires que "qualquer agressão" que viole o princípio de segurança jurídica da Repsol será considerada por parte do Governo espanhol como uma agressão à Espanha.

O chefe da diplomacia espanhola fez essa declaração após uma reunião de 45 minutos com o embaixador da Argentina na Espanha, Carlos Bettini, que, por sua vez, transferiu a preocupação do Executivo espanhol sobre a eventual nacionalização da YPF.

Apesar de categoricamente contrários, a vice-presidente e o ministro não revelaram que medidas concretas o Governo de Rajoy poderia adotar caso a desapropriação da filial da Repsol seja concluída.

Margallo disse que o Governo de Madri "espera que através do diálogo isto se resolva", lembrando das estreitas relações entre ambos os países.

O Partido Socialista espanhol (PSOE), o principal da oposição, apoiará o Governo de Mariano Rajoy para poder dar uma "solução satisfatória" neste conflito, declarou sua porta-voz parlamentar, Soraya Rodríguez.

Em breve comunicado dirigido à Comissão Nacional da Bolsa de Valores da Espanha, a companhia espanhola Repsol assinalou que "não recebeu nenhuma notificação por parte das autoridades argentinas" sobre a YPF após uma jornada de incertezas pelos supostos planos da Argentina em tomar o controle da companhia.

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Madri - O Governo espanhol advertiu nesta sexta-feira o Executivo argentino que tomará todas as medidas possíveis para defender os interesses do país caso a nacionalização da companhia petrolífera YPF, controlada pela Repsol , se concretize.

A vice-presidente e porta-voz do Governo, Soraya Sáenz de Santamaría, disse que ainda não havia sido informada sobre essa decisão do Executivo argentino, mas que se fosse real seria "muito negativa para os interesses espanhóis".

"As medidas não se anunciam, se adotam. Espero que este Governo não tenha que adotá-las, mas, sem nenhuma dúvida, se for preciso fazer, vamos fazer", assegurou a vice-presidente ao ser perguntada sobre o que o Governo de Madri deverá fazer caso a nacionalização da YPF, controlada em 57,4% pela Repsol, seja concluída.

Soraya também disse que o Executivo presidido por Mariano Rajoy "está trabalhando intensamente", embora com discrição, neste assunto desde janeiro. "A obrigação do Governo é defender com todos os instrumentos os interesses geral da Espanha", ressaltou.

Segundo Soraya, a nacionalização da companhia petrolífera não afetaria somente os interesses da Espanha, mas também poderia gerar uma "preocupação em toda comunidade internacional".

O ministro das Relações Exteriores da Espanha, José Manuel García-Margallo, também advertiu Buenos Aires que "qualquer agressão" que viole o princípio de segurança jurídica da Repsol será considerada por parte do Governo espanhol como uma agressão à Espanha.

O chefe da diplomacia espanhola fez essa declaração após uma reunião de 45 minutos com o embaixador da Argentina na Espanha, Carlos Bettini, que, por sua vez, transferiu a preocupação do Executivo espanhol sobre a eventual nacionalização da YPF.

Apesar de categoricamente contrários, a vice-presidente e o ministro não revelaram que medidas concretas o Governo de Rajoy poderia adotar caso a desapropriação da filial da Repsol seja concluída.

Margallo disse que o Governo de Madri "espera que através do diálogo isto se resolva", lembrando das estreitas relações entre ambos os países.

O Partido Socialista espanhol (PSOE), o principal da oposição, apoiará o Governo de Mariano Rajoy para poder dar uma "solução satisfatória" neste conflito, declarou sua porta-voz parlamentar, Soraya Rodríguez.

Em breve comunicado dirigido à Comissão Nacional da Bolsa de Valores da Espanha, a companhia espanhola Repsol assinalou que "não recebeu nenhuma notificação por parte das autoridades argentinas" sobre a YPF após uma jornada de incertezas pelos supostos planos da Argentina em tomar o controle da companhia.

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