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Escoceses estão confusos com impactos da independência

Governo trabalha para realizar o plebiscito pela saída do Reino Unido até 2014; população tem dúvidas sobre a questão econômica

Uma das questões que a independência teria é qual a relação da Escócia em relação à UE (Boris Roessler/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 26 de janeiro de 2012 às 13h41.

Edimburgo, Reino Unido - Os escoceses se mostram confusos sobre as consequências, sobretudo econômicas, que a independência do Reino Unido pode ter, enquanto a última pesquisa publicada nesta quinta-feira revela um avanço da opção separatista.

O principal ministro escocês, Alex Salmond, anunciou na quarta um plano para realizar um plebiscito sobre a independência do país no segundo semestre de 2014.

Horas depois do histórico anúncio, uma pesquisa publicada pelo jornal escocês 'Herald' mostrou como as opções favoráveis e contrárias à permanência no Reino Unido estão quase empatadas.

Os partidários do sim já são 44%, contra 45% que votariam contra, o que significa que a opção defendida pelo partido nacionalista escocês (SNP, na sigla em inglês) avançou consideravelmente após o anúncio do plebiscito.

Até agora, as pesquisas situavam os independentistas entre 32% e 40% da população, enquanto os que se opunham a abandonar o Reino Unido estavam em torno dos 60%.

São sem dúvida boas notícias para Salmond, que ainda conta com dois anos e meio antes da realização do plebiscito para obter mais apoios.

No entanto, os planos nacionalistas continuam gerando muitas dúvidas técnicas e os escoceses, além de divididos, se sentem confusos sobre as consequências da separação dos ingleses após 300 anos de história conjunta, sobretudo economicamente.

'Não sou capaz de ver o que significará realmente. Eu gostaria de saber mais, especialmente em um momento de crise como este', afirmou à Agência Efe Jack, de 20 anos, que a princípio é contra a independência.


Na Universidade de Edimburgo outro estudante avalia que se trata de uma questão muito complexa, sobre a qual as pessoas não estão suficientemente informadas, motivo pelo qual propõe que sejam organizados debates transmitidos pela televisão.

A dúvida gerada entre os escoceses reside no fato de que apenas em novembro de 2013 o plano elaborado por Salmond se tornará público, ocasião em que detalhará o funcionamento da uma Escócia independente em temas como moeda, Defesa e Relações Exteriores.

Entre os que se opõem à independência, o argumento econômico é o mais repetido.

'É uma ideia ruim, a Escócia não sobreviverá fora do Reino Unido, pois sozinha não tem recursos para enfrentar a crise', sustenta Laura, de 23 anos.

A posição que a Escócia terá na União Europeia (UE) no caso de abandonar o Reino Unido também não está clara e é outro dos temas que inquietam os escoceses.

Salmond sustenta que a entrada no mercado único seria automática e que não seria necessário passar por todos os trâmites de ingresso, embora nunca tenha ocorrido o caso de um país membro ter declarado sua independência.

David, de 26 anos, lembra que os escoceses historicamente sempre se sentiram mais próximos da Europa continental do que os ingleses e considera que a independência poderia ajudar a estreitar esses laços em um momento no qual o governo de Londres se afasta da UE.

'Gosto da ideia de que, embora a Inglaterra continue fora do euro, os escoceses possam adotar a moeda única', opina à Efe. EFE

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Edimburgo, Reino Unido - Os escoceses se mostram confusos sobre as consequências, sobretudo econômicas, que a independência do Reino Unido pode ter, enquanto a última pesquisa publicada nesta quinta-feira revela um avanço da opção separatista.

O principal ministro escocês, Alex Salmond, anunciou na quarta um plano para realizar um plebiscito sobre a independência do país no segundo semestre de 2014.

Horas depois do histórico anúncio, uma pesquisa publicada pelo jornal escocês 'Herald' mostrou como as opções favoráveis e contrárias à permanência no Reino Unido estão quase empatadas.

Os partidários do sim já são 44%, contra 45% que votariam contra, o que significa que a opção defendida pelo partido nacionalista escocês (SNP, na sigla em inglês) avançou consideravelmente após o anúncio do plebiscito.

Até agora, as pesquisas situavam os independentistas entre 32% e 40% da população, enquanto os que se opunham a abandonar o Reino Unido estavam em torno dos 60%.

São sem dúvida boas notícias para Salmond, que ainda conta com dois anos e meio antes da realização do plebiscito para obter mais apoios.

No entanto, os planos nacionalistas continuam gerando muitas dúvidas técnicas e os escoceses, além de divididos, se sentem confusos sobre as consequências da separação dos ingleses após 300 anos de história conjunta, sobretudo economicamente.

'Não sou capaz de ver o que significará realmente. Eu gostaria de saber mais, especialmente em um momento de crise como este', afirmou à Agência Efe Jack, de 20 anos, que a princípio é contra a independência.


Na Universidade de Edimburgo outro estudante avalia que se trata de uma questão muito complexa, sobre a qual as pessoas não estão suficientemente informadas, motivo pelo qual propõe que sejam organizados debates transmitidos pela televisão.

A dúvida gerada entre os escoceses reside no fato de que apenas em novembro de 2013 o plano elaborado por Salmond se tornará público, ocasião em que detalhará o funcionamento da uma Escócia independente em temas como moeda, Defesa e Relações Exteriores.

Entre os que se opõem à independência, o argumento econômico é o mais repetido.

'É uma ideia ruim, a Escócia não sobreviverá fora do Reino Unido, pois sozinha não tem recursos para enfrentar a crise', sustenta Laura, de 23 anos.

A posição que a Escócia terá na União Europeia (UE) no caso de abandonar o Reino Unido também não está clara e é outro dos temas que inquietam os escoceses.

Salmond sustenta que a entrada no mercado único seria automática e que não seria necessário passar por todos os trâmites de ingresso, embora nunca tenha ocorrido o caso de um país membro ter declarado sua independência.

David, de 26 anos, lembra que os escoceses historicamente sempre se sentiram mais próximos da Europa continental do que os ingleses e considera que a independência poderia ajudar a estreitar esses laços em um momento no qual o governo de Londres se afasta da UE.

'Gosto da ideia de que, embora a Inglaterra continue fora do euro, os escoceses possam adotar a moeda única', opina à Efe. EFE

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