Economia

“Éramos muito mais competitivos em 2005”, diz Anfavea

Presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Cledorvino Belini, reclama das dificuldades na hora de exportar

Belini, da Anfavea e da Fiat: a expansão do crédito e a redução dos juros ajudam o setor (Pedro Motta/EXAME)

Belini, da Anfavea e da Fiat: a expansão do crédito e a redução dos juros ajudam o setor (Pedro Motta/EXAME)

DR

Da Redação

Publicado em 7 de novembro de 2011 às 14h11.

São Paulo – As exportações de veículos cresceram 4,1% de janeiro a outubro deste ano em relação ao mesmo período de 2010. O resultado, no entanto, não é celebrado pelos empresários do setor, que ainda reclamam das dificuldades na hora de disputar mercado no exterior.

“Éramos muito mais competitivos em 2005”, diz Cledorvino Belini, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

O empresário lembra que o volume de carros exportados neste ano ainda é 27,1% menor do que o registrado entre janeiro e outubro de 2005. “Estamos recuperando lentamente, mas ainda temos muitos problemas de competitividade”. O quadro só melhorou, segundo o executivo, graças ao bom momento da América Latina, em geral, e da Argentina, em particular.

Por outro lado, as importações dispararam 32% em 2010 e mais 33% neste ano, impulsionadas pelo câmbio valorizado e pelo aumento na renda dos brasileiros. “Os efeitos da elevação do IPI sobre os importados só serão sentidos a partir de dezembro”, diz Belini.

3 milhões de carros

A indústria automobilística projeta números positivos para o mercado interno. Na última sexta-feira, foi atingida a marca de três milhões de carros vendidos no Brasil. “Devemos encerrar o ano com crescimento de 5% no volume de licenciamentos, totalizando o recorde de 3,690 milhões de unidades. A expansão do crédito e a redução dos juros ajudam”, afirma o presidente da Anfavea.

Cledorvino Belini, que também preside a Fiat na América Latina, considera adequado o estoque total (montadoras e concessionárias) equivalente a 40 dias de vendas. “Novembro e dezembro tendem a ser meses mais aquecidos, o que deve reduzir o estoque.”

Acompanhe tudo sobre:AutoindústriaIndústria

Mais de Economia

Alckmin vai ao Irã para a posse de Pezeshkian como presidente

Pente-fino: Previdência quer fazer revisão de 800 mil benefícios do INSS até o fim do ano

Reino Unido tem rombo de 22 bilhões de libras em contas públicas

Dívida do governo sobe para 77,8% do PIB, maior nível desde novembro de 2021

Mais na Exame