Entre BRICS, Brasil é quem mais protege segredos de empresas
Brasil protege segredos corporativos pior do que países desenvolvidos, mas melhor do que os BRICS; veja o ranking
João Pedro Caleiro
Publicado em 4 de fevereiro de 2014 às 15h47.
São Paulo - Na hora de proteger segredos de empresas, o Brasil não é tão eficiente quanto as economias avançadas, mas ganha de seus pares nos BRICS e na América Latina .
A conclusão é de um documento da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) apresentado recentemente.
Foi analisada a proteção de segredos corporativos com valor comercial em 21 países: além dos 11 associados à organização (a maioria desenvolvidos), entraram os BRICS e mais 5 parceiros.
Um índice foi criado para cada um com base nas leis em vigor e casos já processados, além do TRIPS, primeiro acordo internacional sobre o assunto, em vigor desde 1995 e do qual todos os países são signatários.
Os Estados Unidos estão na liderança do ranking, apesar de suas empresas perderem US$ 300 bilhões anuais por causa do problema, de acordo com algumas estimativas.
Brasil
Com nota de 3,38, o Brasil ficou em 14o, atrás da Suécia e na frente da Colômbia . De acordo com o relatório, a análise é complicada porque poucos casos do tipo chegaram aos tribunais brasileiros
Apesar de garantir a proteção de segredos de produtos agrícolas e veterinários em processo de aprovação, o Brasil não faz o mesmo com medicamentos farmacêuticos - e é muito criticado por isso pelas empresas estrangeiras do setor.
Outro problema brasileiro, de acordo com o relatório, é que há muitas restrições a acordos comerciais que envolvam a troca ou licenciamento voluntário de segredos corporativos.
China
Na última posição, os chineses recebem críticas duras. Uma pesquisa de 2011 com executivos internacionais colocou a China entre os 3 países que oferecem maior ameaça à segurança de dados.
Até o governo americano já acusou o país publicamente. No ano passado, o escritório da presidência divulgou um documento com o título "Estratégia da Administração para Mitigar o Roubo de Segredos Corporativos dos EUA".
Impacto econômico
A OCDE considera que proteger segredos corporativos internos é essencial para estimular o desenvolvimento da inovação .
Curiosamente, uma proteção mais eficiente também pode estimular a troca de informações. Com regras claras e duras contra o vazamento, há mais conforto em alargar o grupo de pessoas com acesso a algum segredo.
Veja a tabela completa com a nota de cada país estudado:
País | Nota |
---|---|
Estados Unidos | 4,57 |
Japão | 4,34 |
Israel | 4,1 |
Nova Zelândia | 4,09 |
Singapura | 4,07 |
Austrália | 4,05 |
Reino Unido | 4 |
Itália | 3,9 |
Coreia do Sul | 3,89 |
Alemanha | 3,83 |
França | 3,8 |
Malásia | 3,61 |
Suécia | 3,6 |
Brasil | 3,38 |
Colômbia | 3,23 |
África do Sul | 3,18 |
Peru | 3,09 |
Bulgária | 3,01 |
Índia | 2,95 |
Rússia | 2,76 |
China | 2,52 |
São Paulo - Na hora de proteger segredos de empresas, o Brasil não é tão eficiente quanto as economias avançadas, mas ganha de seus pares nos BRICS e na América Latina .
A conclusão é de um documento da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) apresentado recentemente.
Foi analisada a proteção de segredos corporativos com valor comercial em 21 países: além dos 11 associados à organização (a maioria desenvolvidos), entraram os BRICS e mais 5 parceiros.
Um índice foi criado para cada um com base nas leis em vigor e casos já processados, além do TRIPS, primeiro acordo internacional sobre o assunto, em vigor desde 1995 e do qual todos os países são signatários.
Os Estados Unidos estão na liderança do ranking, apesar de suas empresas perderem US$ 300 bilhões anuais por causa do problema, de acordo com algumas estimativas.
Brasil
Com nota de 3,38, o Brasil ficou em 14o, atrás da Suécia e na frente da Colômbia . De acordo com o relatório, a análise é complicada porque poucos casos do tipo chegaram aos tribunais brasileiros
Apesar de garantir a proteção de segredos de produtos agrícolas e veterinários em processo de aprovação, o Brasil não faz o mesmo com medicamentos farmacêuticos - e é muito criticado por isso pelas empresas estrangeiras do setor.
Outro problema brasileiro, de acordo com o relatório, é que há muitas restrições a acordos comerciais que envolvam a troca ou licenciamento voluntário de segredos corporativos.
China
Na última posição, os chineses recebem críticas duras. Uma pesquisa de 2011 com executivos internacionais colocou a China entre os 3 países que oferecem maior ameaça à segurança de dados.
Até o governo americano já acusou o país publicamente. No ano passado, o escritório da presidência divulgou um documento com o título "Estratégia da Administração para Mitigar o Roubo de Segredos Corporativos dos EUA".
Impacto econômico
A OCDE considera que proteger segredos corporativos internos é essencial para estimular o desenvolvimento da inovação .
Curiosamente, uma proteção mais eficiente também pode estimular a troca de informações. Com regras claras e duras contra o vazamento, há mais conforto em alargar o grupo de pessoas com acesso a algum segredo.
Veja a tabela completa com a nota de cada país estudado:
País | Nota |
---|---|
Estados Unidos | 4,57 |
Japão | 4,34 |
Israel | 4,1 |
Nova Zelândia | 4,09 |
Singapura | 4,07 |
Austrália | 4,05 |
Reino Unido | 4 |
Itália | 3,9 |
Coreia do Sul | 3,89 |
Alemanha | 3,83 |
França | 3,8 |
Malásia | 3,61 |
Suécia | 3,6 |
Brasil | 3,38 |
Colômbia | 3,23 |
África do Sul | 3,18 |
Peru | 3,09 |
Bulgária | 3,01 |
Índia | 2,95 |
Rússia | 2,76 |
China | 2,52 |