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Energia solar bate recorde em 2021 e ultrapassa geração de usinas térmicas

Ao somar as capacidades instaladas das grandes usinas e da geração própria de energia solar, a fonte solar ocupa, agora, o quinto lugar na matriz elétrica brasileira, à frente das térmicas movidas a combustíveis

Para o presidente da Absolar, Rodrigo Sauaia, o avanço da energia solar no país é fundamental para o desenvolvimento social, econômico e ambiental do Brasil (Amanda Perobelli/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 4 de janeiro de 2022 às 16h52.

Última atualização em 7 de janeiro de 2022 às 16h10.

O Brasil acaba de ultrapassar a marca histórica de 13 gigawatts (GW) de potência operacional da fonte solar fotovoltaica em sistemas de médio e pequeno portes instalados em telhados, fachadas e terrenos e em grandes usinas centralizadas, informou a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

De acordo com a entidade, desde 2012, a fonte solar já trouxe ao Brasil mais de 66,3 bilhões de reais em novos investimentos, 17,1 bilhões de reais em arrecadação aos cofres públicos e gerou mais de 390.000 empregos. Com isso, também evitou a emissão de 14,7 milhões de toneladas de CO2na geração de eletricidade.

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Para o presidente da Absolar, Rodrigo Sauaia, o avanço da energia solar no país é fundamental para o desenvolvimento social, econômico e ambiental do Brasil. A fonte ajuda a diversificar o suprimento de energia elétrica, reduzindo a pressão sobre os recursos hídricos e o risco de ainda mais aumentos na conta de luz da população com o uso de termelétricas.

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"As usinas solares de grande porte geram eletricidade a preços até dez vezes menores do que as termelétricas fósseis emergenciais ou a energia elétrica importada de países vizinhos atualmente, duas das principais responsáveis pelo aumento tarifário sobre os consumidores", disse Sauaia.

O Brasil possui 4,6 GW de potência instalada em usinas solares de grande porte, o equivalente a 2,4% da matriz elétrica do país. Desde 2012, as grandes usinas solares já trouxeram ao Brasil mais de 23,9 bilhões de reais em novos investimentos e mais de 138.000 empregos acumulados, além de proporcionarem uma arrecadação de 6,5 bilhões de reais aos cofres públicos.

Atualmente, as usinas solares de grande porte são a sexta maior fonte de geração do Brasil, com empreendimentos em operação em nove estados brasileiros, nas regiões Nordeste (Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte), Sudeste (Minas Gerais e São Paulo) e Centro-Oeste (Tocantins).

No segmento de geração própria de energia, são 8,4 GW de potência instalada da fonte solar. Isso equivale a mais de 42,4 bilhões de reais em investimentos, 10,6 bilhões de reais em arrecadação e mais de 251.000 empregos acumulados desde 2012, espalhados pelas cinco regiões do Brasil. A tecnologia solar é utilizada atualmente em 99,9% de todas as conexões de geração própria no país, liderando com folga o segmento.

Ao somar as capacidades instaladas das grandes usinas e da geração própria de energia solar, a fonte solar ocupa, agora, o quinto lugar na matriz elétrica brasileira. A fonte solar já ultrapassou a potência instalada de termelétricas movidas a petróleo e outros fósseis, que representam 9,1 GW da matriz elétrica brasileira.

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