Economia

Encomendas de bens duráveis dos EUA caem em dezembro

Encomendas de bens duráveis tiveram queda de 4,3%


	Carros: queda do mês passado foi a maior desde julho e reverteu a alta revisa de novembro de 2,6 por cento
 (Getty Imagens)

Carros: queda do mês passado foi a maior desde julho e reverteu a alta revisa de novembro de 2,6 por cento (Getty Imagens)

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Da Redação

Publicado em 28 de janeiro de 2014 às 15h02.

Washington - As encomendas nos Estados Unidos de bens duráveis manufaturados tiveram queda inesperada em dezembro, assim como um termômetro dos planos de gastos empresariais, lançando uma sombra sobre a perspectiva econômica, outrora otimista.

Contudo, a economia não perdeu completamente o brilho. A confiança do consumidor atingiu máxima em cinco meses em janeiro e os preços de moradias registraram o maior ganho anual em quase oito anos em novembro, mostraram outros relatórios nesta terça-feira.

"Não são notícias que dizem que a economia perdeu ímpeto", afirmou o economista-financeiro-chefe do Bank of Tokyo-Mitsubishi UFJ em Nova York.

As encomendas de bens duráveis caíram 4,3 por cento em dezembro, pressionadas pela demanda fraca por equipamentos de transporte, metais primários, produtos de metal fabricados, computadores e produtos eletrônicos e bens de capital.

O declínio do mês passado foi o maior desde julho e reverteu o aumento de 2,6 por cento visto em novembro, segundo dados revisados.

Economistas consultados pela Reuters esperavam que as encomendas de bens duráveis --de torradeiras a aeronaves, itens que devem durar três anos ou mais-- subissem 1,8 por cento em dezembro após o avanço de 3,4 por cento em novembro divulgado anteriormente.

O relatório turvou a perspectiva econômica, que havia sido lustrada por dados positivos sobre os gastos do consumidor e a produção industrial, e levantou preocupações quanto à possibilidade de crescimento mais lento no primeiro trimestre.

No entanto, essas preocupações foram amortecidas pelo aumento na confiança do consumidor e nos preços de moradias.

O Conference Board informou que o índice de confiança do consumidor subiu para 80,7 neste mês, contra 77,5 em dezembro. A leitura de janeiro foi a maior desde agosto e reflete o crescente otimismo em meio às famílias sobre o mercado de trabalho e as condições empresariais.

Separadamente, o índice Standard & Poor's/Case Shiller de preços de moradias em 20 áreas metropolitanas subiu 13,7 por cento em novembro sobe o ano anterior, maior avanço desde fevereiro de 2006.

Atualizado às 16h01min de 28/01/2014, para adicionar mais informações. 

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