Brasília -O futuro ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, senador Armando Monteiro Neto (PTB-PE), indicou nesta segunda-feira que o BNDES deve focar sua atuação no médio prazo para atender pequenas e médias empresas, acrescentando que até o final deste ano será definido o novo comando do banco.
Ele comentou ainda que não é plausível falar em corte de impostos neste momento.
O senador também defendeu "reformas microeconômicas de reduzido impacto fiscal" para melhorar o ambiente tributário e regulatório; uma política fiscal mais ativa que produza uma ampliação dos acordos comerciais do país.
Além disso, Monteiro defendeu renovação do parque fabril brasileiro; um novo arranjo institucional que estimule a inovação; e o estabelecimento de metas claras para medir o avanço da competitividade no país. Ele evitou, porém, comentar qual seria a taxa de câmbio ideal para incentivar o aumento das exportações brasileiras.
Monteiro é o terceiro novo ministro a ser anunciado pela presidente Dilma Rousseff após sua reeleição e sua nomeação só foi costurada com o PTB nesta segunda-feira, apesar de sua escolha ser conhecida desde a semana passada. Na quinta-feira, foram anunciados os ministros da Fazenda, Joaquim Levy, e do Planejamento, Nelson Barbosa, além da recondução de Alexandre Tombini para presidência do Banco Central.
Monteiro disse que é necessária "a adoção de um modelo de financiamento dos bancos públicos que viabilize, crescentemente, um maior acesso a recursos para pequenas e médias empresas", discursou.
Questionado por jornalistas sobre qual seria papel do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no segundo mandato da presidente Dilma, Monteiro disse que o ideal é que o país "estimule a criação de um mercado de financiamento a prazo longo com os agentes privados, porque evidentemente o BNDES não pode suportar sozinho toda a demanda de financiamento do país".
"Na perspectiva do novo modelo de financiamento que nós queremos ver implantando, precisa ampliar o acesso das médias e pequenas empresas a esses instrumentos de financiamento (público), o que significará que você poderá atender à demanda das grandes empresas crescentemente através de outros mecanismos de financiamento", disse o senador a jornalistas no Palácio do Planalto.
Além do novo foco, Monteiro disse que o BNDES cumpriu um papel importante durante a política anticíclica adotada pelo governo federal para animar o investimento no país. "Mas evidentemente que as políticas têm de ser sempre reavaliadas à luz das novas condições da economia brasileira", argumentou, indicando que a instituição poderá rever seu papel no estímulo à economia.
"O BNDES em qualquer circunstância terá sempre um orçamento importante, porque o próprio retorno das operações ativas já garante ao banco um orçamento expressivo", afirmou. Questionado se isso significaria que os aportes do Tesouro no banco diminuiriam ou cessariam, o futuro ministro disse que isso ainda não está definido.
Monteiro afirmou ainda que está sendo analisada a possibilidade de mudança na presidência do BNDES. "Nesse momento essa é uma questão (a sucessão no BNDES) que está sendo analisada. Essa questão será definida agora, ainda neste ano, mas não sei ainda qual será a solução", disse ele.
*Atualizada às 18h35 do dia 01/12/2014
O
BNDES aprovou recentemente 342 milhões de reais de financiamento para a Volkswagen do Brasil
desenvolver novos modelos de automóveis no país e ampliar dois projetos sociais de sua fundação. O aporte será usado para fabricar um modelo subcompacto e um sedã de médio porte, além de modernizar modelos que já monta no Brasil, disse o BNDES em comunicado. Dois projetos da Fundação Volkswagen também se beneficiarão da linha de crédito. O Costurando o Futuro, que já atende a vizinhos da fábrica em São Bernardo do Campo (SP), passará a oferecer oficinas de corte e costura a pessoas que moram perto da unidade de São José dos Pinhais (PR).
2. Braskem Idesa: US$ 700 mi 2 /11(Germano Lüders/EXAME)
Uma
linha de crédito de 700 milhões de dólares foi aprovada pelo banco para a
Braskem Idesa, empresa responsável pela construção de um complexo petroquímico no México e liderada pela brasileira Braskem, em parceria com a mexicana Idesa. O Projeto Etileno XXI, localizado no município de Nanchital (Veracruz), terá capacidade para produzir cerca de 1 milhão de toneladas anuais de polietilenos, por meio de um cracker de eteno e três unidades de polimerização, onde serão produzidos poiletilenos utilizados na confecção do plástico. A unidade entrará em operação em 2015 e está orçado em 3,2 bilhões de reais, valor que deve chegar a 4 bilhões de dólares quando considerados gastos adicionais previstos com pagamento de juros de financiamento e outras despesas.
3. OSX: R$ 1,35 bihão 3 /11(Divulgação)
A
OSX Construção Naval, subsidiária da OSX Brasil, uma das empresas de
Eike Batista, contratou com o BNDES e a Caixa Econômica Federal o financiamento com repasse de recursos do Fundo de Marinha Mercante (FMM),
respectivamente no valor aproximado de 1,35 bilhão de reais cada, totalizando quase 2,7 bilhões de reais. Os financiamentos se destinam à implantação da Unidade de Construção Naval do Açu, que a OGX está construindo no norte do Estado do Rio de Janeiro desde julho de 2011, com previsão de início parcial de operações no primeiro trimestre de 2013. A carteira de pedidos contratados pela clientela da UCN Açu é composta de 16 unidades offshore destinadas à produção de petróleo e gás no Brasil, segundo a OSX.
4. Hyundai: R$ 307 milhões 4 /11(Germano Lüders/EXAME.com)
Em fevereiro, foi a vez da montadora
Hyundai Motor Brasil receber o financiamento de 307,4 milhões de reais do
BNDES . Segundo o banco, os recursos serão usados para nova unidade industrial em Piracicaba, no interior de São Paulo,
a primeira fábrica da sul-coreana Hyundai no Brasil, segundo dados fornecidos pelo banco. A produção, estimada em cerca de 150 mil unidades ao ano, será destinada à fabricação dos veículos de passeio batizados provisoriamente de "Projeto HB". Segundo o BNDES, os veículos da família HB serão distribuídos em três modelos: Hatchback (5 portas), Sedan (4 portas) e Mini SUV (utilitário com 5 portas), equipados com motorização 1.0L e 1.6L flex e câmbio manual ou automático. O início da produção de veículos está previsto para o final de 2012, com montadorao modelo Hatchback.
5. Renault: R$ 373 milhões 5 /11(Marco de Bari/Quatro Rodas)
Em abril, o BNDES aprovou financiamento de 373,5 milhões de reais à
Renault do Brasil, valor que será
destinado ao programa trienal de engenharia da empresa e a projetos sociais em Curitiba e São José dos Pinhais, no Paraná, onde a montadora está instalada. O programa da Renault prevê novos produtos, adaptação de veículos ao clima e às condições de ruas e estradas do país, investimentos em design, adequação da fábrica de utilitários - resultado da aliança com a Nissan, e desenvolvimento de fornecedores locais, com aumento do índice de nacionalização dos veículos fabricados no Brasil.
6. Natura: R$ 35 milhões 6 /11(Fabiano Accorsi/Exame)
7. Light Energia: R$ 35 milhões 7 /11(GettyImages)
O BNDES
aprovou um financiamento de 35,5 milhões de reais para a Light Energia, em março. O montante deve ser utilizado para substituir equipamentos e materiais obsoletos, a fim de aumentar a eficiência da empresa em geração, criando ganhos de 8 MW médios ou 70 GWh/ano, sem a necessidade de ampliação do parque, informou o banco em comunicado. Os recursos do BNDES são provenientes da linha Proesco, de apoio a projetos de eficiência energética, e correspondem a 74,6% do investimento total. Uma das melhorias será a substituição dos rotores das bombas das usinas elevatórias, em operação há mais de 55 anos. A substituição dos rotores, além de elevar a confiabilidade dos equipamentos, deverá acrescentar até 6,67 MW médios, graças à redução de consumo de energia nas bombas.
8. Senai 8 /11(Roberto Setton/Quatro Rodas)
Um crédito de 1,5 bilhão de reais foi aprovado pelo banco para o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). Os
recursos serão investidos em programas de treinamento e qualificação profissional para ampliar a oferta de mão de obra qualificada no País, um dos principais gargalos da economia. O financiamento corresponde a 74% dos investimentos do Programa Senai para a Competitividade Industrial, que será feito em todo o país pela instituição educacional ligada à indústria, informou o banco em nota. Segundo o BNDES, o crédito ajudará nos planos do Senai de ampliar e modernizar a rede de escolas técnicas e centros de referência da instituição em todo o País, além de criar uma nova categoria de centros tecnológicos voltados para o fomento da inovação.
9. BG Group: US$ 1,8 bilhão 9 /11(Wikimedia Common)
A companhia de gás natural BG Group diz ter recebido, também em fevereiro, aprovação inicial do banco para um financiamento de longo prazo de 1,8 bilhão de dólares com prazo de 14 anos. Os recursos seriam usados para pagar parte das operações da companhia na camada pré-sal da Bacia de Santos. O financiamento, que está sujeito a aprovações e conclusão do acordo final, será alocado para a participação do BG Group na gestão de compras local e custos de construção para oito instalações flutuantes de produção, armazenagem e descarregamento que serão controlados pela companhia e empresas parceiras na Bacia de Santos. Navios com capacidade 150 mil barris de petróleo por dia são parte da primeira fase mais ampla do programa na Bacia de Santos que terá uma capacidade de 2,3 milhões de petróleo equivalente por dia até 2017.
10. Brasil Foods: R$ 2,5 bi junto 10 /11(EXAME)
O Conselho de Administração da
Brasil Foods autorizou, em janeiro, a
contratação do limite de crédito rotativo de 2,52 bilhões de reais aprovado pelo BNDES. Segundo ata de reunião realizada no dia 27 de janeiro, "o contrato de limite de crédito irá amparar os diversos projetos de expansão orgânica da BRF. Os desembolsos dependerão de enquadramento e aprovação específica do BNDES e ocorrerão gradualmente". Os investimentos previstos são em aumento de capacidade produtiva, incluindo Lucas do Rio Verde (MT), Uberlândia (MG) e em outras unidades, informaram executivos da companhia na ocasião.
11. Agora, veja as empresas que desistiram de investir do Brasil 11 /11(Germano Luders/Justin Sullivan)