Economia

Empresários estão confiantes com as vendas de Natal

Pesquisa da Deloitte mostra que 66% dos executivos acreditam que o volume comercializado deve superar o de 2017

O otimismo também deve levar 40% dos empresários a abrir novas unidades físicas no Brasil, com destaque para São Paulo. (Mario Tama/Getty Images)

O otimismo também deve levar 40% dos empresários a abrir novas unidades físicas no Brasil, com destaque para São Paulo. (Mario Tama/Getty Images)

CC

Clara Cerioni

Publicado em 10 de dezembro de 2018 às 17h55.

São Paulo - Os empresários estão mais confiantes com as vendas do Natal deste ano, apesar do cenário macroeconômico ainda incerto. Levantamento da Deloitte, obtido com exclusividade por EXAME, mostra que 66% dos executivos acreditam que o volume comercializado deve superar o de 2017.

“O otimismo se apresenta com mais força nos segmentos de alimentos e bebidas, além de supermercados e hipermercados”, afirma Reynaldo Saad, sócio líder para bens de consumo e produtos industriais da Deloitte.

Ao todo, foram ouvidos 126 líderes de companhias (sendo 62 de bens de consumo e 64 de comércio) espalhadas por todo o Brasil, com destaque para São Paulo, que é sede de 60% das empresas pesquisadas.

Essa confiança toda é reflexo da adaptação do plano de vendas realizado por 66% das companhias, que perceberam que precisavam mudar a forma como se relacionavam com o seu cliente, de modo a garantir maior engajamento.

Tanto é que agora 75% têm uma estratégia de gestão de estoques para atender a demanda do Natal e da Black Friday, mesmo com o contexto socioeconômico se mantendo igual, segundo 54% dos entrevistados. Segundo a pesquisa, 44% das companhias repõem o estoque pós-vendas nesses períodos.

Outro destaque é que 65% das empresas percebem que mais da metade dos seus clientes consultam preços na internet enquanto estão em lojas físicas e 78% dos varejistas acreditam que os clientes estão atrás de promoções nos canais físicos e digitais.

Além disso, 24% dos executivos entrevistados disseram que suas empresas possuem cinco ou mais canais de vendas — como site, página em mídias sociais, lojas de ruas e aplicativos próprios — e, deste total, 71% tiveram aumento de suas vendas. Já aquelas companhias que oferecem até dois canais de comunicação e vendas somam 65% e, deste total, 39% aumentaram suas receitas.

Investimentos

A pesquisa aponta ainda que os investimentos mais realizados em automação nas lojas físicas entre 2017 e 2018 estão relacionadas a promoções, atendimento ao cliente e disponibilidade de estoque. Já na loja online o foco foi atendimento ao cliente, segurança na compra e promoção ao cliente.

A expectativa é que até 2020 as empresas adotem precificação automática, programas de fidelidade e prazo de entrega do produto, nas lojas físicas. Já nas virtuais os destaques de investimentos devem ser programas de fidelidade, prazo de entrega dos produto e maior variedade de itens ofertados.

O otimismo também deve levar 40% dos empresários a abrir novas unidades físicas no Brasil, com destaque para São Paulo. Outros 17% pretendem expandir a atuação para o exterior, especialmente para a América do Sul.

Outro ponto é que 51% têm como prioridade ter, nos próximos anos, produtos de marca própria e outros 38% querem oferecer produtos personalizados.

Acompanhe tudo sobre:ComércioDeloitteeconomia-brasileiraNatalPesquisas de mercado

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto