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Empresários dizem que BC contraria a lógica

Setor produtivo criticou a decisão dos diretores do Copom de elevar a taxa básica de juros de 9,5% para 10,25% ao ano

Benjamin Steinbruch, da Fiesp, critica o Banco Central (.)
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Da Redação

Publicado em 9 de junho de 2010 às 21h39.

São Paulo - As principais entidades do setor produtivo criticaram a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de elevar os juros básicos. O presidente em exercício da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Benjamin Steinbruch, disse que "o Copom contraria a lógica dos números da economia brasileira e prejudica o desenvolvimento, incluindo o aspecto relevante da geração de empregos."

Steinbruch, que também é diretor-presidente da Companhia Siderúrgica Nacional, argumenta que a inflação no começo do ano foi causada por problemas climáticos e questões pontuais como reajuste das passagens de ônibus e das mensalidades escolares.

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"Além disso, os números mais recentes do PIB apontam um crescimento de aproximadamente 26% dos investimentos, no acumulado dos últimos quatro trimestres, indicando confiança dos empresários na sua capacidade de atender ao crescimento salutar da demanda brasileira", diz o presidente em exercício da Fiesp.

A Confederação Nacional da Indústria afirmou, por meio de nota, que "o desafio da política econômica é conduzir o país a um ritmo de crescimento elevado sem que a taxa básica de juros prejudique os projetos de investimentos das empresas". A entidade vê com preocupação o retorno da taxa Selic ao patamar dos dois dígitos.

O presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio), Abram Szajman, disse que "o Banco Central renova a façanha de manter o Brasil como o detentor da maior taxa de juros do planeta".

"Uma liderança que nos ofende e, efetivamente, parece contrariar todos os esforços brasileiros de assumir cada vez mais o papel de protagonista na arena econômica global, uma vez que o patamar de juros cobrado no País se torna um dos principais fatores de comprometimento da competitividade brasileira em relação a seus concorrentes", afirmou Szajamn.

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